Economia
Alerta Para o “Golpe do Pix Errado”: Como Proteger-se Desta Fraude
Alerta sobre o 'golpe do Pix errado', que explora o MEDA Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou um importante comunicado alertando sobre o “golpe do Pix errado”. Esse tipo de golpe tem ganhado notoriedade, explorando a boa-fé das pessoas através de técnicas de “engenharia social” e até mesmo burlando o MED (Mecanismo Especial de Devolução) criado pelo Banco Central.
O golpe começa quando o criminoso descobre o número do telefone celular da vítima, que pode estar cadastrado como chave Pix. Ele então realiza uma transferência para essa chave e em seguida entra em contato com a vítima, alegando que fez um Pix por engano e solicitando o estorno do valor.
Como Funciona o Golpe do Pix Errado?
No “golpe do Pix errado”, o criminoso não fornece a chave Pix da transferência original para devolver o valor. Em vez disso, ele dá uma chave Pix diferente, pertencente a uma terceira conta. Neste ponto, ele aciona o MED, que faz com que os bancos envolvidos analisem a transação.
Os bancos, ao perceberem que o Pix foi devolvido para uma terceira conta diferente da original, identificam a ação como tentativa de fraude. Como resultado, podem retirar o dinheiro da conta da pessoa enganada. Se tiver êxito, além de receber o dinheiro devolvido pela vítima, o bandido também pode receber o valor estornado pelo MED.
O Que é o Mecanismo Especial de Devolução (MED)?
O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é um sistema criado pelo Banco Central para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes. Contudo, este mecanismo tem sido alvo de criminosos especializados. Em junho, a Febraban propôs melhorias no MED, chamado de MED 2.0, cujo desenvolvimento se dará ao longo de 2024 e implementação prevista para o fim de 2025.
Como Evitar Ser Vítima do Golpe do Pix Errado?
Para evitar cair nesse golpe, a Febraban recomenda que, ao receber um pedido de estorno de Pix, o cliente sempre faça a transação para a conta original em que o Pix foi feito. Para isso, o cliente deve acessar seu aplicativo bancário e, dentro das funcionalidades do Pix, utilizar a opção de devolução de transação recebida, que envia automaticamente o valor para a conta de origem.
“Nunca, em hipótese alguma, faça um estorno para uma terceira conta”, alerta José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Como o MED 2.0 Vai Melhorar a Segurança dos Usuários?
Além de aperfeiçoar a análise das transações, o MED 2.0 pretende alterar o fluxo atual de devoluções. Atualmente, a notificação de infração no MED permite o bloqueio de valores apenas na primeira conta recebedora. Porém, os criminosos costumam transferir rapidamente os valores para uma série de outras contas, dificultando o rastreamento. Com o MED 2.0, espera-se que essas práticas sejam contidas.
Estatísticas Recentes das Fraudes no MED
Segundo dados do Banco Central referentes a 2023, foram registradas 2.560.002 solicitações de devoluções por fraude no MED. Destas, 1.752.654 (aproximadamente 68%) foram rejeitadas e 807.348 (32%) foram aceitas.
Dentre as solicitações aceitas, 517.701 tiveram os recursos devolvidos parcialmente e 289.647 tiveram a totalidade devolvida. Em termos monetários, foram requisitados R$ 4,359 milhões, sendo devolvidos R$ 396,067 mil — representando 9,09% do valor total solicitado.
Essas estatísticas reforçam a importância da conscientização e da cautela ao lidar com pedidos de estorno de Pix. Manter-se informado e seguir as recomendações da Febraban pode ser crucial para evitar golpes e proteger seu dinheiro.
Não se deixe enganar: ao menor sinal de fraude, é importante entrar em contato com sua instituição bancária e reportar o ocorrido. A segurança das transações depende de ações preventivas e da colaboração de todos os envolvidos no sistema financeiro.