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Três postos são fechados por venda de combustível adulterado no Rio

Auto Posto Brasilândia, Boa Vista Gonçalense e Auto Posto São Judas Tadeu de Icaraí usavam excessivas concentrações de metanol no combustível

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A operação Fake Fuel decorre da denúncia do GAECO/MPRJ contra cinco integrantes de uma organização criminosa [Foto: Divulgação/MPRJ]

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) interditou na manhã desta terça-feira (26) três postos que comercializavam combustível adulterado em São Gonçalo e Niterói, Região Metropolitana do Rio. Segundo a investigação, os estabelecimentos Auto Posto Brasilândia, Boa Vista Gonçalense e Auto Posto São Judas Tadeu de Icaraí usavam excessivas concentrações de metanol no combustível, causando risco iminente de explosão.

Em um dos postos vistoriados, foi constatada a presença de 92,1% de metanol no etanol, quando a legislação permite apenas 0,5%, e a presença de etanol na gasolina. A operação Fake Fuel decorre da denúncia do GAECO/MPRJ contra cinco integrantes de uma organização criminosa. O grupo foi denunciado pela prática de crimes contra a ordem econômica, saúde pública, relações de consumo, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.

Na última semana, duas pessoas foram presas: o responsável pelo transporte do combustível adulterado, Alexsandro Alves da Rocha, e o gerente dos postos, Everton Alves Aquino. No endereço deles, foram apreendidas armas de fogo e diversos documentos que comprovam a comercialização do combustível adulterado, de acordo com o MPRJ.

O metanol é um líquido incolor, inflamável e com leve odor a álcool [Foto: Reprodução]

Apontado como chefe da associação criminosa, o proprietário dos postos, Carlos Eduardo Fagundes Cordeiro, é considerado foragido da Justiça. A denúncia foi recebida pela 1ª Vara Criminal de São Gonçalo, que também determinou a suspensão das atividades dos postos.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os três postos não estavam funcionando no momento da ação, mas as equipes identificaram que os lacres de interdição colocados anteriormente haviam sido rompidos, o que levou a novas interdições e autuações.

Os postos estão sujeitos a multas, que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, e outras penalidades determinadas em lei.

A ação aconteceu por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), em ação conjunta com a Polícia Civil e a ANP. A investigação foi realizada em conjunto com a Delegacia de Serviços Delegados (DDSD).

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