Coronavírus
CPI da Pandemia volta a focar nas ‘fake news’ e representantes de redes sociais podem ser convocados
Quase 60 requerimentos serão analisados na sessão desta quarta-feiraSem depoimentos marcados para esta quarta-feira (23), os senadores se reúnem, a partir das 09h30, para analisar 58 requerimentos, ou seja, pedidos de informação, quebras de sigilo, convites e novas convocações. Na sessão, a CPI da Pandemia vai focar nas fake news. O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, quer ouvir um representante da rede social Twitter.
“Estamos vendo o movimento de interrupção de exclusão de conteúdos falsos ou desinformativos pelas plataformas da empresa, de modo que é essencial que representante da empresa Twitter, que gerencia uma série de plataformas de compartilhamento de conteúdo, compareça a esta comissão para esclarecer os motivos para a mudança de comportamento”, expôs Randolfe.
Anteriormente, outros pedidos similares já haviam sido protocolados para convocação de representantes do Facebook e Google, que gerenciam o YouTube. Para Randolfe, a disseminação dessas notícias gera consequências reais e dificulta o combate à pandemia. O que os senadores querem é descobrir como essas notícias falsas surgem, se espalham e, principalmente, quem é responsável sobre o surgimento delas.
A longa lista de itens a serem apreciados compõe-se ainda de requerimentos de informação sobre a realização de atos políticos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro, com aglomerações em eventos no Rio de Janeiro (que teve participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello) e em São Paulo.
Está na pauta também a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de 11 firmas ligadas ao empresário Carlos Wizard, apontado como financiador do “gabinete paralelo” da Saúde e que será ouvido pelo colegiado no dia 30 de junho.
Os parlamentares devem analisar igualmente pedidos de informação para investigar o que foi feito para enfrentar a pandemia em comunidades indígenas e quilombolas. Com dez dias para apresentar as informações, os dados devem ser apresentados pelos Ministérios da Saúde; da Mulher, Família e Direitos Humanos; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e da Cidadania, além da Secretaria de Governo da Presidência da República e da Controladoria-Geral da União (CGU).