Coronavírus
Zagueiro brasileiro presenciou na Ásia o Coronavírus antes da pandemia
Renan Alves atua Kedah FA da MalásiaUm pouco antes da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), o zagueiro brasileiro Renan Alves, de 27 anos, que atua pelo Kedah FA, da Malásia, já havia sentido de perto alguns efeitos da doença no continente asiático. Renan Alves disputou uma partida contra o Seoul-COR, na Coreia do Sul, no último dia 28 de janeiro, em jogo válido pela Liga dos Campeões da Ásia. Ele conversou com a reportagem da Super Rádio Tupi e contou como estava o clima por lá na ocasião.
“Quando eu fiquei sabendo, já tinha um jogo na Champions League asiática, na Coreia. A doença já existia na China, estavam começando a falar e morrendo bastante gente. Ali eu vi que era algo sério. Nos quatro dias em que fiquei na Coreia, a cidade estava deserta, com pouquíssimas pessoas circulando de manhã, de tarde e à noite. Até então nós não tínhamos o conhecimento total da doença. Voltamos para a Malásia, que na época não tinha ainda muitos casos. Nossa agenda estava normal. Se não me engano tinham seis ou sete casos na Malásia” disse Renan.
Repercussão Mundial
Após a partida contra o Seoul, Renan Alves disputou mais quatro jogos pelo Campeonato Nacional da Malásia. A partir daí a competição foi paralisada e a doença começou a tomar grandes proporções em vários países do mundo.
“As pessoas ficaram com medo e as notícias da Itália foram se espalhando. Tinha um ou dois casos na cidade em que eu estava. Iriam dar 10 dias de folga e eu não viria ao Brasil, mas conversei com o treinador e me liberaram. Quando eu cheguei ao Brasil cancelaram tudo, minha passagem de volta no caso… Estou sem entender nada. Na Malásia o Campeonato não se sabe quando vai voltar. Parece um filme de terror.
Preocupação com os avós
Atualmente, Renan mora com os avós, no Parque Paranhos, em Magé, município da Baixada Fluminense. Com medo de infecção da doença, já que os idosos fazem parte do chamado grupo de Risco, o zagueiro revelou que saiu de casa para tentar evitar uma contaminação.
“Tive que ficar na casa da minha namorada, porque senti um pouco de dor de cabeça ontem e dor no corpo. Como eles são pessoas de idade nem estou indo em casa. Todos ficam querendo fazer alguma coisa e não podem. Nunca imaginei passar por uma coisa como essa. Nem todo mundo no Brasil trata o problema com seriedade. Qualquer hora pode acontecer com qualquer pessoa da família. É muito importante obedecer às orientações passadas pelos órgãos de saúde do país” concluiu.