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Coronavírus

Pesquisadores identificam cinco mutações do novo coronavírus no estado do Rio

Segundo análise do LNCC e UFRJ, uma nova linhagem foi identificada em 38 dos 180 genomas sequenciados

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ilustração do novo coronavírus
(Foto: Reprodução)

Segundo análise do LNCC e UFRJ, uma nova linhagem foi identificada em 38 dos 180 genomas sequenciados
(Foto: Reprodução)

O Laboratório de Bioinformática (Labinfo), do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, identificou cinco mutações, que caracterizam uma possível nova linhagem do novo coronavírus. A análise, conduzida em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as Secretarias de Saúde de Maricá e do Rio de Janeiro e o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels sequenciou 180 genomas do vírus, provenientes de amostras do estado do Rio.

A pesquisadora Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos explica que, de acordo com as análises filogenéticas, o surgimento desta nova linhagem ocorreu em julho de 2020 e foi identificada, principalmente, no Rio de Janeiro, em Cabo Frio, Niterói e Duque de Caxias. Segundo ela, não existe indicação que essa linhagem seja mais transmissível ou que possa interferir na efetividade das vacinas que estão sendo desenvolvidas.

Entretanto, a pesquisadora ressalta a importância de estudos contínuos de vigilância genômica para análise da dispersão dessa nova linhagem e na identificação de novas variantes do novo coronavírus no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. As análises indicam que a linhagem B.1.1.28 aparece como emergente, sendo identificada em 38 dos 180 genomas sequenciados. Por outro lado, os pesquisadores apontam que a linhagem B.1.1.33 está em declínio.

O trabalho foi financiado pela Faperj, Ministério da Ciência e Tecnologia e submetido em 20 de dezembro ao MedRxiv.