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Pediatra explica cuidados com as crianças no combate ao novo coronavírus

Relação com os avós, comunidades e ensinamentos. Veja a entrevista com a médica Luiza Santana Spneti

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Foto: Arquivo pessoal

Foto: Reprodução internet

As crianças não são alvos do novo Coronavírus (COVID-19). A taxa de letalidade entre os mais novos é considerada zero. A grande preocupação dos órgãos de saúde do país e do mundo está em cima dos idosos e pessoas consideradas do grupo de risco, mas as crianças podem adquirir a doença e serem transmissoras do vírus. É importante seguir as medidas de prevenção recomendadas para evitar, por exemplo, as infecções respiratórias. A reportagem da Super Rádio Tupi entrevistou a pediatra Luiza Santana Spneti, que explicou alguns cuidados básicos que devem ser tomados em relação às crianças.

“Os bebês de 0 a 2 anos ainda não verbalizam, ficam mais no chão e colocam os objetos na boca. Tem que existir uma higiene melhor do piso da casa. Limpar bem umas duas vezes por dia. Os brinquedos que eles manipulam e colocam na boca têm que tem ser higienizados diariamente com água e sabão. Abrir as janelas para entrar mais o ar e ventilar a casa. As crianças maiores, a partir de dois anos começam a verbalizar. É importante explicar na linguagem que ela entenda o que está acontecendo e porque da mudança de rotina. É importante também desenvolver uma atividade educativa no período em que ela estaria na escola. Outra coisa também é filtrar as notícias para não criar nenhum pânico e causar algum transtorno psicológico nas crianças” afirmou a Doutora Luiza, que revelou como deve ser o contato entre crianças e idosos, principalmente a relação entre netos e avós.

“Orientar os avós para não terem proximidade física. Não deixar as crianças dormirem no mesmo quarto e manter uma distância de dois metros. Isolar vai ser impossível, mas manter um afastamento físico. Quando for tossir sempre proteger com o braço ou lenço. Conscientizar para que tudo seja feito”, acrescentou ela.

Comunidades carentes

Em praticamente todas as comunidades do Rio de Janeiro, inúmeras crianças convivem em um ambiente onde faltam recursos financeiros e saneamento básico. Muitas delas moram em pequenos cômodos, aglomeradas com várias pessoas e tendo um contato muito próximo com os mais idosos. A pediatra considera essa questão como uma das mais complicadas no combate a COVID-19.

“É uma grande preocupação nossas comunidades carentes sem saneamento, locais sem água, casas são muito aglomeradas em um espaço muito pequeno e sem arejamento. Eu acredito que nas comunidades teria que ter uma ação do governo dando uma renda, orientação, oferecendo álcool em gel e sabão líquido gratuito. Essa seria a minha ideia. Essa doença ainda está começando em bairros de classe média e provavelmente vai entrar nas comunidades” concluiu a doutora.

Foto: Arquivo pessoal

Ouça a entrevista completa com a Pediatra Luiza Santana Spneti