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Coronavírus

Ministro da Educação usa Cebolinha da Turma da Mônica para atacar a China e vira chacota na web

Weintraub insinuou que o país asiático obteve benefícios da pandemia do novo coronavírus como parte de um “plano infalível” para dominar o mundo

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Ministro da Educação foi convocado a prestar esclarecimentos em relação ao inquérito das fake news (Foto: Reprodução)

Weintraub insinuou que o país asiático obteve benefícios da pandemia como parte de um “plano infalível” para dominar o mundo
(Foto: Reprodução)

(Por: Ingrid Soares/Correio Braziliense) O ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou uma edição do gibi da Turma da Mônica que se passa na China para atacar o governo oriental no último sábado. Em uma publicação nas redes sociais, ele fez chacota com o modo de falar português dos chineses, trocando o R pelo L, do mesmo modo como faz o personagem Cebolinha. Ele insinuou ainda que a China saiu “fortalecida” da crise do novo coronavírus, obtendo benefícios da pandemia como parte de um “plano infalível” para dominar o mundo.

“Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu Weintraub.

A postagem foi extremamente criticada. A China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, além de ser um dos países que tem condições de fornecer equipamentos médicos e hospitalares para ajudar o Brasil na luta contra o novo coronavírus. Os internautas não perdoaram a postagem e também fizeram memes com a situação.

Veja algum dos memes feitos com a situação:

Outros ataques a China

No dia 18 de março, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), quase iniciou uma crise diplomática com a China ao fazer comentários preconceituosos. Ele indicou que a culpa pela pandemia do novo coronavírus era do Partido Chinês Comunista.

Um dia depois, Eduardo utilizou o Twitter para tentar se desculpar com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming após as rusgas. Eduardo disse na ocasião que não ofendeu o povo chinês e que ‘tal interpretação é totalmente descabida’.

Ele ainda escreveu que ‘compartilhou postagem que critica a atuação do governo chinês na prevenção da pandemia, principalmente no compartilhamento de informações que teriam sido úteis na prevenção em escala mundial’. No entanto, Eduardo voltou a arriscar a diplomacia entre os países e atacou o chanceler ao dizer que o embaixador não rebateu os argumentos colocados por ele, e que ‘apenas demonstrou irritação com o post e direcionou erroneamente suas energias no compartilhamento de posts ofensivos à honra da família dele’.

Em nome do Senado, o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG), encaminharam uma carta ao embaixador da China no Brasil pedindo desculpas após as declarações do deputado .

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também se manifestou para se desculpar com o chanceler e o país chinês. “Em nome da Câmara dos Deputados, peço desculpas à China e ao embaixador @WanmingYang pelas palavras irrefletidas do Deputado Eduardo Bolsonaro.A atitude não condiz com a importância da parceria estratégica Brasil-China e com os ritos da diplomacia. Em nome de meus colegas, reitero os laços de fraternidade entre nossos dois países. Torço para que, em breve, possamos sair da atual crise ainda mais fortes”, concluiu.

Uma semana depois, Bolsonaro ligou para o presidente chinês Xi Jinping e deixou claro que tentava negociar doação ou compra de insumos médicos para o Brasil.