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Coronavírus: geriatra comenta as peculiaridades do público idoso para combater a pandemia
Com a saúde mais fragilizada e uma série de problemas que podem agravar os efeitos da doença, reforçar a atenção para esse público é uma ação fundamentalO coronavírus transformou completamente o dia a dia de todo o mundo. E, em meio ao combate à pandemia, um dos grupos em situação mais preocupante é o de idosos. Com a saúde mais fragilizada e uma série de problemas que podem agravar os efeitos da doença, reforçar a atenção para esse público é uma ação fundamental.
Como geriatra, a Dra. Márcia Umbelino tem apresentado dicas indispensáveis para aprimorar o bem-estar desses pacientes e promover uma quarentena mais agradável.
“Dos 15% que demandam internação, a maioria é composta por idosos. Por isso, idosos acima de 60 anos, especialmente os operadores de comorbidades como diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rins, doenças neurológicas, tratamento de câncer, portadores de imunossupressores, entre outros, devem adotar medidas de restrição de contato social com mais afinco”, afirma a Dra. Márcia Umbelino.
A médica, que também é ortomolecular e especialista em medicina chinesa, recorda a importância com todas as secreções, principalmente para aqueles que têm contato com idosos mais debilitados, como os cuidadores. Fraldas, por exemplos, podem ser vetores de contaminação e precisam ser descartados com atenção.
Porém, outro grande problema para esse público diz respeito ao tédio, que tende a crescer com a impossibilidade de sair de casa. Para esses momentos, a médica também tem instruções, chegando a acrescentar a necessidade de instruir o idoso sobre o uso de tecnologia, por exemplo.
“Tornar esse momento de isolamento mais tranquilo é fundamental para a saúde mental de qualquer pessoa. Aproveitar o período de quarentena para introduzir a tecnologia na rotina do idoso: como receber e-mail, conferir o extrato do banco etc. pode ser uma boa recomendação. Além disso, estimular o movimento, realizando atividades dentro de casa, é fundamental. A liberação de neurotransmissor nos faz sentir melhor, tornando a imunidade também aprimorada.
MÉDICA JÁ FAZ ATENDIMENTO ONLINE
Assim como outras atividades e para evitar o deslocamento de pacientes, a médica já iniciou consultas de rotina por aplicativos. Além de incentivar um novo hábito em seus pacientes, garante que tanto o idoso como a família estejam mais seguros.
“Tem sido muito legal. Primeiro porque a gente tem a visualização do paciente – seja quando preciso vê-lo caminhar, deglutir, entre outros. Eles estão gostando também dessa novidade, mandando tchau, beijo para a doutora e afins. A cognição também é outro elemento que consigo testar, já que os filhos fazem a ligação e os pacientes depois ficam conversando. Podemos esclarecer muita coisa em apenas uma consulta e serve como novidade para eles, gerando interesse pela inclusão digital”, revela a especialista.