Coronavírus
Cidinha Campos critica declaração de Bolsonaro: ‘Finalzinho da pandemia? Como assim?’
Comunicadora da Super Rádio Tupi ainda elogiou a atuação do governador de São Paulo, João Doria: "Se transformou, por antecipação, no presidente da República"A comunicadora Cidinha Campos, da Super Rádio Tupi, comentou durante o programa Cidinha Livre desta quinta-feira (10) a fala do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), nesta manhã, de que o país está enfrentando o fim da pandemia. Segundo o discurso feito pelo chefe do Executivo, levando-se em conta outros locais do mundo, o Brasil “foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia”.
“Bolsonaro disse agora a pouco, no seu discurso, que estamos no finalzinho da pandemia. Como assim? O finalzinho vai ser quando acabar a vacinação, a espera pelo resultado e vacinar todo o país. Esse é o fim da pandemia, que também não foi previsto pelo governo, que não comprou vacina”, criticou Cidinha.
Na sequência, a comunicadora seguiu o seu comentário, abordando a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar as regras para a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a Covid-19. “Até anteontem, o que o governo dizia é que precisaria três meses para aprovar qualquer vacina. Depois apareceu o Doria, com a sua vacina, com a vacina que ele comprou da China, que está sendo fabricada pelo Butantan, e disse ‘eu vou começar agora’. Nessa disputa política, o Bolsonaro teve de correr porque o Doria estava nadando de braçada”, avaliou.
“Se o Doria tem um discurso um pouco mais enfático, mais forte, ele acaba com o Bolsonaro. Ele (o Doria) tomou todas as providências que deveriam ser do governo federal e ainda tripudiou quando disse que não ia vacinar só os paulistas e sim todos os brasileiros que queiram. Ele se transformou, por antecipação, no presidente da República”, opinou Cidinha, em seguida.
Porém, a comunicadora fez questão de destacar que tal linha de raciocínio não significa necessariamente ser favorável a João Doria. “Você pode não gostar do Doria. Eu acho ele muito almofadinha, por exemplo. Mas que ele coçou os brios, se é que eles tem, do governo federal, coçou!”, afirmou.
Cidinha ainda chamou a atenção para o início da produção no país da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, que tem parceria no Brasil com o Instituto Butantan. A expectativa, segundo o governo paulista, é que a fabricação seja de 600 mil a um milhão de doses por dia.
“Isso não é uma tarefa, ou não devia ser, de um governador. Isso é tarefa de um país, de um estadista, de um líder”, declarou. Em seguida, Cidinha concluiu: “Nós estamos nas mãos de um governador”.