Sérvia e Suíça travam tensão indireta com episódios em campos de futebol

Pela segunda Copa seguida, o Brasil terá Suíça e Sérvia como adversários na fase de grupos. E novamente, os dois países que não tem histórico de conflitos diretos, mas por conta de outros dois países viveram momentos quentes em encontros recentes dentro de campo. Os naturalizados Shaqiri e Xhaka já proporcionaram comemorações que tiveram grandes proporções enquanto marcaram em favor dos suíços.

Para entender as tensões, é necessário voltar no tempo. Mais especificamente aos anos 90, período em que houve a dissolução da Iugoslávia. A Sérvia herdou todas as conquistas e federações dos iugoslavos e também suas respectivas rixas. A ainda remanescente envolve o reconhecimento de independência de Kosovo.

Algumas batalhas sangrentas foram travadas enquanto Kosovo buscava seu reconhecimento, principalmente perto da virada entre os séculos. E como toda guerra, houve fugitivos para o país vizinho, a Albânia. Posteriormente, muitos migraram para a Suíça, que tem tradição em receber refugiados de guerras no território europeu.

Em encontro recente, em 2018, Shaqiri comemorou um gol sobre a Sérvia fazendo o símbolo da águia, uma referência à bandeira da Albânia. Houve desentendimento em campo, pois os jogadores adversários interpretaram como um ato afrontoso, tendo em vista a curta relação diplomática entre albaneses e o Kosovo, que não tem sua independência reconhecida pelos sérvios.

Em 2022, Shaqiri e Xhaka estão novamente convocados. O reencontro entre sérvios e suíços será no dia 2 de dezembro, pela terceira rodada do Grupo G, que também tem Brasil e Camarões.