Explorando A Desigualdade Digital no Brasil e Como Isso Pode ser Resolvido

O fato de infelizmente existir uma diferença grande entre a abordagem digital entre os estados brasileiros não é novidade para ninguém. Essa disparidade aumenta mais ainda quando se compara as regiões Sudeste e Nordeste, para citar apenas um exemplo inicial.

Só hoje no Brasil em 2024, mais de 35 milhões de habitantes não possuem nenhum tipo de acesso a internet. E por mais que a região Sudeste tenha muitas pessoas conectadas, essa é a região mais afetada, com 42% de cidadãos ainda aguardando sua chance de poder usar a grande rede. O Nordeste aparece em segundo, com 28% dos casos.

Razões para a Desigualdade Digital do Brasil

A exclusão digital pode ter diversos fatores importantes a serem destacados. Os grupos que mais sofrem com toda essa questão são:

• Pessoas com mais de 60 anos
• Pessoas que estudaram apenas até o ensino fundamental
• As pessoas que pertencem às classes D e E

De acordo com um estudo realizado pela ExpressVPN sabe-se que a partir da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), as pessoas começaram a desenvolver o hábito de passar mais tempo em frente às telas. É claro que esses dados se aplicam ao povo que vive nas regiões metropolitanas e grandes centros urbanos.

Por outro lado, as regiões periféricas e remotas são as que mais sofrem com a falta de acesso à informação. Tudo nos dias de hoje é feito de forma eletrônica, praticamente! Acessar o auxílio-desemprego, a aposentadoria e até mesmo verificar o salário pode ter que ser feito exclusivamente online. E como o cidadão que não tem acesso à internet 24 horas tem condições de viver de forma tranquila? A preocupação acerca destes detalhes que parecem pequenos ganha proporções enormes!

A grande maioria das pessoas acessa a internet apenas pelo celular, ou seja, depende de dados móveis para isso. E nunca é demais avisar que isso custa dinheiro no país! Muitos não têm a possibilidade de contratar um plano mensal por conta dos altos valores dos planos estabelecidos pelas empresas de telefonia. Ou se possuem, utilizamos apenas em casos de necessidade.

O que acaba, certamente, restringindo e muito o acesso a notícias internacionais, por exemplo. E se o governo pensasse em uma solução para tal situação vivida por tantos brasileiros como essa? Poderia haver um projeto de lei em que cada família ou localidade de baixa renda tivesse internet gratuita, seja em casa ou em pontos específicos. Ou, ao menos, com um valor mais acessível que pudesse diminuir essa desigualdade digital.

Esse abismo digital tende a aumentar caso não haja um plano concreto. Além disso, a infraestrutura inadequada para instalações de fibras óticas e todo o material necessário para a viabilização da internet domiciliar é visível.

O país também sofre com o que se chama de Analfabetismo digital. O Brasil ocupa a posição 80 de um ranking de 120 países! Inacreditável! E isso se resulta do uso limitado e acesso restrito a recursos de tecnologia e de internet que se tem hoje no país. Até mesmo a inserção no mercado de trabalho acaba por sofrer com todo esse panorama nada animador.