Ciência e Saúde
Verão em foco: conheça as doenças de pele características da estação
Nessa época, os dias de verão requerem alguns cuidados em relação a certas doenças sazonais estimuladas pelo sol e calor
(Divulgação: Thinkstock)
O verão é época de férias, sol, praia, piscina… E algumas doenças características. Normalmente associados à diversão à beira mar, os dias de verão requerem alguns cuidados em relação a certas doenças sazonais estimuladas pelo sol e calor. A temperatura elevada – somada ao ar úmido – auxilia na proliferação de patógenos como vírus, bactérias e fungos. “Além disso, os raios Ultra Violeta (UV) atingem o corpo em maior intensidade, aumentando os riscos de queimaduras”, conta o dermatologista Victor Bechara.
Confira abaixo os problemas de pele mais comuns do verão e saiba como preveni-los.
Micose
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(Divulgação: Blogueiros da Saúde)
A doença é caracterizada por pequenas infecções causadas pela proliferação excessiva de fungos em determinadas partes do corpo. “Geralmente, as partes afetadas são as mais quentes e úmidas, pois oferecem as condições ideais para reprodução dos fungos. Com o aumento das temperaturas e a maior exposição do corpo a ambientes molhados, o verão apresenta todos os fatores favoráveis para o aparecimento da micose. Ambientes comunitários onde ocorre contato direto com a pele, como praias, piscinas e vestiários, também são propícios para a proliferação desses micro-organismos”, salienta o especialista.
As regiões lesionadas pelas micoses apresentam vermelhidão, coceira, irritação e ressecamento. Para evitar o quadro, recomenda-se manter todas as dobras do corpo bem secas e higienizadas (virilha, axilas, entre os dedos dos pés), não usar sapatos fechados ou com meias durante dias de calor intenso, preferir roupas leves, não compartilhar toalhas e calçados de outras pessoas e não andar descalço em ambientes públicos.
Queimaduras
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(Foto: iStock/ Divulgação: FarmaConde)
Se a cota de sol foi ultrapassada, os cuidados devem redobrar. Para combater a ardência e a vermelhidão, a pedida são cremes calmantes que possuem calamina, aloe vera, camomila, calêndula ou alfa bisabolol. “Às vezes, é necessária a utilização de anti-inflamatórios e analgésicos orais receitados por um médico. No caso de bolhas, procure um dermatologista porque pode ser necessária a drenagem e a prescrição de um creme com corticoide ou antibiótico. Nunca estoure as bolhas sozinho e nem arranque a pele, pois ela tem a função de proteger a área atingida”, recomenda Dr. Victor.
Outra dica é esperar um tempo até se expor ao sol de novo. “Mesmo depois da vermelhidão ter cessado, a coceira e a sensibilidade na área queimada podem persistir por muito tempo. Por isso, o ideal é esperar umas duas semanas até se expor novamente ao sol”, diz.
Brotoejas
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(Divulgação: MD Saúde)
Muito comuns em bebês, crianças e idosos, as brotoejas são um processo inflamatório das glândulas sudoríparas e que piora com aumento da temperatura e da transpiração. “Em geral, elas surgem no tronco, pescoço, axilas e dobras de pele, sob a forma de pequenas bolhas de água, erupções e/ou manchas vermelhas. Ambientes quentes e úmidos e o uso de roupas apertadas favorecem o aparecimento dessas lesões, que podem causar coceira e queimação”, explica o dermatologista.
Normalmente, o quadro desaparece sozinho, quando o calor e a umidade diminuem, e o paciente permanece em ambientes frescos. Por isso, evite a exposição frequente a temperaturas muito altas e opte por roupas leves e arejadas, preferencialmente de algodão.
Acne solar
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(Divulgação: Shutterstock)
De maneira geral, a acne solar está ligada às queimaduras provocadas pela radiação. “O sol aumenta a produção de sebo e diminui as células de defesa, piorando quadros de acne. O problema tende a se intensificar no verão e se manifestar na forma de pequenas bolinhas vermelhas ou bolinhas de pus, que atingem áreas onde há uma produção mais elevada de oleosidade como rosto, pescoço, ombros, tórax e costas”, salienta o especialista.
O tratamento consiste no uso de sabonetes e géis tópicos secativos. Nos casos extensos, são indicados antibióticos. A prevenção é feita por meio do uso diário do filtro solar, de preferência fórmulas oil-free.
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