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Ciência e Saúde

Prefeitura recebe 164 camas elétricas doadas para o hospital de campanha no Riocentro

Prefeito diz que seu desejo é não ocorrer ocupação total da unidade de campanha

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Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, apresentou, nesta segunda-feira (20), as primeiras 164 camas elétricas com controle remoto, doadas ao hospital de campanha, no Riocentro, pelas empresas Belo Monte Transmissora de Energia e Xingu Rio Transmissora de Energia. Ambas usaram uma linha de investimento social oferecida pelo BNDES. Outras 100 camas devem chegar nos próximos dias para serem instaladas no CTI do hospital.

“É uma doação, no valor total de R$ 2,5 milhões, de duas empresas que dão um exemplo para todos nós do Brasil. Agradecemos muito. Todas essas modernas camas depois vão ser usadas na nossa rede municipal” – disse Crivella que, em seguida, completou:

“Esse hospital de campanha, na verdade, é o maior da rede. Ele é maior que o Albert Schweitzer. Tem 500 leitos, sendo 100 de UTI e 400 de clínica médica. Certamente, quando terminar essa pandemia, tudo isso vai ser montado num novo grande hospital” – afirmou Crivella.

Maior unidade de saúde da rede pública de todo o estado, com 16,5 mil metros quadrados de pavilhão e 13 mil metros quadrados de área construída, o hospital de campanha teve sua obra concluída neste domingo (19/04). São 500 leitos destinados a pacientes com o novo coronavírus, sendo 400 de clínica médica e 100 de UTI, entre os quais, 15 com recursos para hemodiálise. A expectativa do prefeito, no entanto, é que não seja necessário usar toda a capacidade da nova unidade de saúde.

“Claro que espero que nunca chegue a uma lotação total. Todos nós estamos esperando que as medidas tomadas de afastamento social, uso de máscara, lavar as mãos e evitar aglomeração diminuam essa curva de infecção, assim como o número de pessoas internadas em leitos clínicos e leitos de emergência” – ressaltou.

Foram montados também um centro cirúrgico em uma área de 500 metros quadrados, com aparelhos de autoclave e termodesinfectador, e três salas para procedimentos, além de um centro de imagens com tomógrafo e raio X digital. O CTI, o centro de imagens e o centro cirúrgico têm instalações de ar-condicionado independentes.

Com a entrada em operação do hospital de campanha, que ocorrerá quando a capacidade total do Hospital Ronaldo Gazolla chegar a 70% de ocupação (dos 381 leitos), a rede municipal de saúde do Rio terá mais de mil leitos para atendimento de pessoas infectadas com a Covid-19. Desde no início da pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde já abriu 313 novos leitos exclusivos em unidades da rede.