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Ciência

Pesquisa na “Cidade Perdida”: Explorando Colunas de Carbono no Fundo do Atlântico

Nova pesquisa revela detalhes sobre sua formação e origem, oferecendo pistas sobre a vida na Terra e em outros planetas.

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Foto: IFE, URI-IAO, UW, Lost City Science Party; NOAA/OAR/OER

Há 24 anos, pesquisadores descobriram uma fascinante área no fundo do Oceano Atlântico conhecida como “cidade perdida”, marcada por enormes colunas de carbono. Este local surpreendente é capaz de sustentar vida mesmo na ausência de oxigênio, e recentes estudos sugerem que ele pode revelar insights sobre a origem da vida na Terra.

A “cidade perdida” é a única formação do gênero identificada até hoje. As colunas de carbono resultam de reações entre o manto ascendente e a água do mar, liberando hidrogênio, metano e outros gases no oceano. Essa química complexa permite a sobrevivência de uma variedade de crustáceos e caracóis, além de alguns caranguejos em menor quantidade.

Cidade Perdida: Berço da Vida no Fundo do Oceano

Uma nova pesquisa, publicada na última quinta-feira (8) na revista Science, revelou novos detalhes sobre esse ecossistema peculiar. Uma equipe de 30 pessoas realizou a maior coleta de materiais já feita nessas profundidades, oferecendo uma visão privilegiada das formações rochosas da “cidade perdida”.

Para Frier Klein, membro da expedição, o estudo representa um marco significativo. “Agora temos um tesouro de rochas que nos permitirá estudar sistematicamente os processos que acreditamos serem cruciais para o surgimento da vida no planeta”, afirmou.

Por Que a “Cidade Perdida” É Tão Especial?

A região é caracterizada por fendas vulcânicas e fontes termais que expelem minerais, formando as impressionantes colunas de carbono. Essas estruturas geomorfológicas são pensadas para ter alimentado reações geoquímicas há bilhões de anos, potencialmente originando vida.

Como Funcionam as Expedições Submarinas na “Cidade Perdida”?

A coleta recente inclui um cilindro de rocha, ou amostra de núcleo, de 1.268 metros—um recorde em profundidade. Para Dr. Lissenberg, a facilidade de extração das amostras foi surpreendente. “Elas tendem a se fraturar facilmente, mas estávamos eufóricos vendo núcleo após núcleo surgindo”, comentou ao New York Times.

Formações Semelhantes em Outros Planetas?

Uma das curiosidades mais intrigantes dessas formações é a possibilidade de vida em outros planetas. O microbiologista William Brazelton sugere que ecossistemas semelhantes poderiam existir em lugares como Encélado e Europa, luas de Saturno e Júpiter.

Avanços Futurísticos em Pesquisas Profundas

A recuperação quase ininterrupta das amostras rochosas oferece uma oportunidade única para inventários detalhados do manto superior. Este tipo de pesquisa abre portas para muitas descobertas sobre a terra e outros corpos celestes, segundo Klein

Principais Descobertas da Pesquisa:

  • Maior coleta de material já feita em grande profundidade.
  • Amostras de núcleo de 1.268 metros.
  • Reações geoquímicas como potencial origem da vida.
  • Ecosistemas similares poderiam existir em outros planetas.

A “cidade perdida” continua a fascinar cientistas e curiosos, sendo uma fonte inesgotável de descoberta sobre nosso planeta e além. As expedições continuam a nos trazer mais perto das respostas sobre as origens da vida e a buscar ecossistemas além da Terra.

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