Ciência e Saúde
Idosa de 94 anos que atuou na 2ª Guerra Mundial é curada da Covid-19
Mulher ficou internada por 15 dias no Hospital do Fundão
No Brasil, mais de 15 mil pessoas estão infectadas com o novo coronavírus. Somente no estado do Rio, mais de 100 pessoas morreram vítimas da doença. Em meio a tantos números alarmantes, uma história de superação e repleta de emoções marcou a vida de funcionários e médicos do Hospital Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), na Ilha do Governador, na Zona Norte da Capital Fluminense.
Uma mulher de 94 anos de idade, imigrante da Itália, que sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, na Europa, onde atuou como enfermeira, se curou da Covid-19. Integrante do grupo de risco, nos 15 dias em que ficou internada na unidade hospitalar, ela chegou a passar pela UTI, mas para a surpresa de médicos e enfermeiros, apresentou melhora no quadro clínico e recebeu alta sob aplausos dos profissionais de saúde, na última quarta-feira (08/04).
“Os casos já começaram a chegar. A dedicação de todo o grupo, Assistência e Administrativo tem sido fundamental para a gente conseguir cumprir o nosso compromisso com a saúde. Ver a paciente sair daqui curada, sob aplausos, nos encoraja a enfrentar o que ainda está por vir”, disse o diretor geral hospital, Marcos Freire, que nos últimos dias tem se empenhado no propósito de adequar mais leitos de terapia intensiva para atender a demanda da Pandemia.
“Estamos preparando o HUCFF para receber os pacientes graves de COVID-19. Somos referência para atendimento de média e alta complexidade. Então, pela capacitação do nosso corpo clínico, espera-se receber muitos pacientes graves durante essa crise”, destacou o diretor.
O médico e infectologista, Dr. Alberto Chebabo, que também trabalha no hospital, acompanhou o caso da mulher e falou que a princípio a equipe se preocupou com o fato da idosa ter idade avançada e demonstrou felicidade com a recuperação da paciente.
“Nossa preocupação maior era pela idade dela, que com 94 anos e Covid, a gente sabe que o risco de complicação e de óbito é alto. Ela até evolui com quadro um pouco mais grave, ficou em observação dois dias no CTI, mas felizmente conseguiu se recuperar. Teve uma boa evolução e a gente conseguiu dar alta, o que foi bastante emocionante e motivador para toda equipe do hospital”, afirmou Alberto Chebabo.
Por meio de nota, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) informou que vai atender casos encaminhados pelas Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, além de casos suspeitos de pacientes que possuem prontuário ativo na Unidade. O Hospital do Fundão não possui Emergência aberta, ou seja, só atende pacientes que já possuem registro na Unidade. Os pacientes suspeitos são encaminhados para a Emergência, onde há 12 leitos separados para esta demanda.
A família achou melhor não divulgar a identificação da idosa, pois querem focar única e exclusivamente na boa recuperação dela.