Ciência e Saúde
Existe idade ideal para iniciar procedimentos estéticos?
Dra. Gabriela Dawson, explica que a finalidade dos tratamentos variam com a idade, e podem ser preventivos ou reparadores
Com o passar do tempo, buscamos manter a jovialidade, e os procedimentos existentes no mercado podem ser aliados. Esses cuidados vão desde os preventivos aos reparadores, mas uma dúvida comum é o período correto para dar início a eles.
A Dra. Gabriela Dawson, que além de mestre em medicina estética é ainda especialista em procedimentos minimamente invasivos, comenta ser notável a diferença de pessoas que fazem tratamentos estéticos desde muito jovem, para as que não fazem. Ela pontua que, para chegar à idade madura com uma pele de aparência jovial existe uma idade ideal para dar início aos cuidados.
“O recomendado é começar com tratamentos preventivos entre 25 e 28 anos. Nessa mesma idade, para quem busca envelhecer bem, é interessante iniciar o uso da toxina botulínica. Antes disso, podem ser feitos os protocolos de embelezamento. Por exemplo: a paciente que tem um lábio anatomicamente fino, pode fazer um preenchimento labial bem natural, porque o ácido hialurônico é um produto biocompatível, então pode ser usado em uma paciente mais jovem”, explicou.
“Já quem tem entre 35 e 45 e nunca passou por nenhum procedimento estético, é possível fazer os protocolos de embelezamento e pontos de sustentação na face. Nessa idade há uma perda significativa de volume facial, uma queda de gordura e de musculatura. Então, é possível trabalhar o embelezamento, mas associados aos bioestimuladores de colágeno, que já passou por uma perda significativa. Em uma paciente com mais de 50 anos, além do colágeno, trabalhamos com ácidos, microagulhamento e, se ela concordar, encaminhamos para um cirurgião plástico”, completou.
A Dra. Gabriela explica que a musculatura da face está sempre em movimentos de expressões. A cada expressão é formada uma ruga dinâmica, que vai e volta. Porém, se não trabalhada, com o passar do tempo essa ruga se torna estática e faz o rosto parecer envelhecido. Ela acrescenta que, com a passagem do tempo, existem dois tipos de envelhecimento: intrínseco, quando é genético; e o extrínseco, determinado por hábitos.
“Uma pessoa que mora, por exemplo, no Rio de Janeiro e está sempre no sol vai ter a pele completamente diferente de uma pessoa que mora no Alasca e nunca pega sol, o principal causador de envelhecimento extrínseco. Há também outros fatores, como a poluição e o uso de dermocosméticos. Eles podem determinar se a pessoa envelhecerá bem ou mal”, comentou.
Outro fator que vem com o passar do tempo é a desmineralização óssea, além da perda de gordura. Então, a sensação que provoca é de derretimento do rosto. Além disso, a mestre em medicina estética explica que em cima da epiderme há uma produção de queratina para proteger a pele dos poluentes. Se não tratada, pode engrossar e resultar em uma aparência mais envelhecida.
“Existem as pessoas que perdem totalmente a gordura facial, o que chamamos de envelhecimento cadavérico. Tem ainda o envelhecimento deformante, quando a pessoa tem muita gordura facial e essa gordura é desorganizada. Os resultados são bolsas, principalmente embaixo dos olhos que, na verdade, são a gordura que sempre existiu na face e se acumulou com o envelhecimento”, disse.
Quanto aos pacientes da terceira idade que decidem não optar por intervenção cirúrgica, é possível melhorar a qualidade da pele, a produção de colágeno e a desmineralização dos ossos faciais que acontece com o tempo. De acordo com a Dra. Gabriela Dawson, com o ácido hialurônico e um produto de alta densidade, é possível redesenhar o rosto, simulando um contorno já envelhecido pela perda óssea.
“É possível fazer um trabalho muito bom com bioestimuladores de colágeno, associado à outras tantas técnicas que existem hoje, justamente para a paciente não que ter que recorrer a um procedimento cirúrgico. Só será necessária uma boa avaliação profissional. Há muitas técnicas de embelezamento e rejuvenescimento. Um bom especialista vai ter a opção mais assertiva para o caso de cada paciente”, concluiu.