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Ciência e Saúde

Especialista explica quanto tempo dura a tosse pós-Ômicron

Doença tem uma característica que difere das cepas anteriores, pois afeta mais o trato respiratório superior (nariz e garganta), causando menor gravidade aos pulmões

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Omicron
Especialista explica quanto tempo dura a tosse pós-Ômicron

Com o aumento no número de casos das subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron nas últimas semanas, as emergências hospitalares vêm recebendo pacientes que já venceram a infecção, mas continuam lutando contra uma sequela: a tosse. Segundo os especialistas, a Ômicron tem uma característica que difere das cepas anteriores, pois afeta mais o trato respiratório superior (nariz e garganta), causando menor gravidade aos pulmões. Essa constatação pode explicar o fato de, em alguns casos, a tosse persistir por semanas ou até meses após a doença ter sido curada.

Segundo o clínico geral e gerente médico do Hospital Badim, Antonino Eduardo Neto, a tosse prolongada no pós-Covid vem sendo observada em cerca de 30% dos pacientes diagnosticado com a doença. O especialista comenta ainda que essa sequela pode persistir de três a 21 dias, ou até por um período mais prolongado, após as primeiras manifestações da Covid.

“É importante entender que a agressão viral provocada na via aérea superior pelo vírus da Covid, deixa pequenas sequelas, como processo irritativo, edema nessa região, que é o inchaço, e isso acaba provocando a tosse”, esclarece o médico. Ele recomenda que a persistência da tosse requer consulta médica com um pneumologista ou clínico geral, para que sejam feitos a avaliação clínica, ausculta pulmonar e exames de imagem, que pode ser Raios X ou, de preferência, Tomografia Computadorizada (TC), além de um procedimento chamado espirometria, que avalia a capacidade pulmonar.

O clínico do Hospital Badim cita ainda outras complicações que vêm sendo comuns durante a infecção da Ômicron. “Pode acontecer também uma agressão viral posterior, atingindo a região dos seios da face e rinofaringe, provocando rinite e/ou sinusite”, diz Antonino Eduardo.