Ciência e Saúde
Especialista conta que presença de Natália no ‘BBB 22’ ajuda prevenção e debate contra o preconceito ao vitiligo
Distúrbio atinge quase 1 milhão de pessoas no BrasilO vitiligo, que é um problema dermatológico que causa uma despigmentação na pele, vem sendo palco para debates entre especialistas e a população. Isso acontece, principalmente, com a presença da participante Natália – que tem a doença – no Big Brother Brasil 22, que é o programa de maior audiência da TV brasileira. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse distúrbio atinge quase 1 milhão de pessoas no Brasil. “Logo que você percebe uma mancha branca, você tem que procurar realmente um médico para dar o diagnóstico de vitiligo. Algumas pesquisas sugerem que o vitiligo pode surgir da formação de anticorpos, que é como se fossem um exército de células que vão destruindo e vão comendo melanina. então vai perdendo a cor natural da pele”, disse a Dra.Giselle Mello, que é especialista em dermatologia.
Segundo Giselle, é importante que as pessoas estejam atentas aos sinais, como a aparição das primeiras manchas na pele. Além disso, a especialista revela que 30% dos casos estão relacionados ao histórico familiar e, em outros casos, traumas e eventos extremamente estressantes podem desencadear o problema, que pode ser perceptível principalmente em pessoas com a pele mais escura.
“Existem correções hoje. Os peelings conseguem ajudar a pele de quem já tem a doença. Mas o cuidado é evitar. Hoje existem tratamentos anti-estresse, que incluem terapias dentro da medicina. E um dos pilares do tratamento para quem já tem o vitiligo, com certeza é passar o protetor solar diariamente. Isso é muito importante. E é importante se consultar com um médico especialista, pois ele irá passar os dermocosméticos adequados para cada situação”, revelou.
No BBB, a participante Natália falou um pouco sobre esse problema e como ele dificultou a sua vida, principalmente com a questão da autoestima. Com uma personalidade forte e com orgulho do seu corpo, a sister vem se tornando uma importante voz para as pessoas que sofrem de vitiligo. Mesmo sendo um problema apenas estético e que não é transmissível, muitos da população ainda olham torto e evitam o contato com as pessoas que sofrem deste mal.
Para a
, essa energia super positiva e a autoestima elevada de Natália mostram para as pessoas que sofrem da doença que não há motivo para se envergonhar, e indica para o resto da sociedade que o vitiligo não pode ser um problema na socialização.
“Quando relacionamos vitiligo e autoestima, acredito que a grande sacada é a pessoa saber quem realmente ela é, o que ela e estar feliz consigo mesma. Então é importante falar sobre o assunto com as pessoas próximas, até para você receber a ajuda necessária. Pois se a pessoa sabe conviver com essas manchas, ela vai se olhar no espelho e se amar. Essa autoaceitação precisa vir. E que todos tenham essa ciência, que é apenas um detalhe estético. Não é transmissível e nem traz problemas além de manchas”, explicou.