Ciência e Saúde
Campanha Janeiro Branco é oportunidade de tratar saúde mental logo no começo do ano
Psicóloga Renata Ribeiro diz que campanha é importante para conscientizar sobre problemas de depressão e ansiedade, que aumentaram por conta da pandemiaO Janeiro Branco é uma campanha criada por psicólogos de Uberlândia, Minas Gerais, que desde 2014 incentiva janeiro como o mês da conscientização pela saúde mental e emocional. A ideia é que, como janeiro é o primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais as pessoas estão mais propensas a pensar em suas vidas, relações sociais, condições de existência, emoções e no sentido existencial.
Para a psicóloga Renata Ribeiro, especializada em PICS (Práticas Integrativas e Complementares de Saúde) com foco em terapia floral, auriculoterapia e Reiki, o mês é uma oportunidade de conscientização sobre a importância em lidar com problemas e doenças relacionadas à saúde mental e emocional, além de incentivar maneiras de melhorá-la, ainda mais num cenário de pandemia, o que continua causando uma série de transtornos mentais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número de pessoas incapacitadas nas Américas. “Temos que usar o mês para debater sobre as doenças mentais e, agora, com foco nas sequelas geradas pela pandemia, como a crise de ansiedade, seguida pelo transtorno do pânico e depressão. Ou todos eles juntos como um combo, só causados também por muitos motivos ao mesmo tempo. Dentre eles, morte e luto de entes queridos, pessoas perdendo emprego. Muitos que não estão cuidando da sua saúde mental vivem os efeitos destes transtornos tornando a vida ainda mais difícil”, explica
Renata diz que o primeiro passo deve ser dado pelo paciente. Ou por alguém próximo, que perceba que a pessoa enfrenta dificuldades. “Quanto mais demorar, pior para a pessoa, que é obrigada a conviver com o transtorno por mais tempo”, avisa. Um exemplo é a arquiteta Herika Nascimento, que faz acompanhamento com Renata há três anos. Ela conta que demorou quatro décadas para se convencer a buscar ajuda profissional. “Sofro com uma insônia crônica e resolvi investigar esse sintoma, porque não queria mais tomar medicação para dormir. Foram anos a fio fazendo uso de medicamentos tarja preta, só conseguia dormir com a medicação, mas nunca era o suficiente. Quando conheci a terapia floral e comecei a fazer sessões de análise comportamental, meditação, auriculoterapia e tratamento com a mesa radiônica, pude perceber que tinha ansiedade, o que causava todos esses sintomas”, diz.
Ingreti Nascimento, que trata a sua depressão com a psicóloga, agiu mais rápido. Ela explica que o fato de se sentir incapaz e chorando e sem motivo a fez procurar ajuda. “Eu percebi que estava em depressão, nem precisava alguém me falar, pois me sentia desconfortável demais. Essa descoberta aconteceu antes da pandemia, o que foi muito importante pra mim, me ajudou a passar o período de isolamento social bem tranquila, pois já estava em tratamento terapêutico. Além disso, me tratei com florais. Buscar ajuda fez com que eu passasse a acreditar em mim e no meu potencial. Hoje voltei a sorrir, minha autoestima melhorou, a terapia me dá potência e capacidade de seguir em frente com mais atitude. A terapia só me faz bem e não pretendo parar tão cedo. Pelo menos, por enquanto”, avalia.
Portanto, Renata Ribeiro explica que cada paciente vai seguir por um caminho diferente durante o tratamento. Para isso, atividades físicas prazerosas são essenciais para ajudar na parte médica. “Tem pessoas que vão se sentir bem caminhando e olhando o mar, outras vão preferir fazer aula de luta e colocar para fora a tensão, outras praticam yoga, e assim por diante. Mas o importante, além da terapia e cuidados médicos, é a pessoa fazer alguma atividade física para melhorar as funções sinápticas dos neurotransmissores e se cuidar”, finaliza ela, acrescentando que a terapia floral deve ser adicionada ao tratamento, por se tratar de um cuidado natural sem contraindicações e que não substitui os cuidados médicos e nem psicológicos”.