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Ciência e Saúde

Alzheimer precoce: Saiba quando a doença afeta antes dos 65 Anos

Saiba reconhecer os sinais e busque ajuda médica para um diagnóstico precoce.

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Alzheimer precoce: Saiba quando a doença afeta antes dos 65 Anos
Foto: Gerd Altmann/Pixabay

O Alzheimer é geralmente associado à idade avançada, mas pode ocorrer em pessoas mais jovens, inclusive a partir dos 30 anos. Essa condição é conhecida como Alzheimer precoce, onde os sintomas aparecem antes dos 65 anos. Surpreendentemente, cerca de 3,9 milhões de pessoas no mundo, com idades entre 30 e 64 anos, vivem com essa forma precoce da doença.

Embora seja menos comum, é crucial estar atento aos sinais e sintomas que podem surgir em idades mais jovens. A doença é neurodegenerativa e leva a um declínio progressivo das funções cognitivas, impactando significativamente a qualidade de vida do paciente e de seus familiares.

Quais são os primeiros sinais de Alzheimer precoce?

Os primeiros sinais de Alzheimer precoce podem incluir dificuldade de atenção, menor capacidade de gesticulação com as mãos e altos níveis de ansiedade. Esses sintomas são frequentemente confundidos com outras condições, o que pode atrasar o diagnóstico. A perda de memória, um sintoma clássico do Alzheimer, também pode estar presente, mas outros sinais podem ser mais proeminentes em jovens.

Apesar de possível, o Alzheimer precoce é considerado raro. Mark Dallas, professor de Neurociência Celular da Universidade de Reading, na Inglaterra, aponta que a maioria dos casos de Alzheimer tende a ocorrer após os 50 anos. No entanto, devido a predisposições genéticas e outros fatores, a doença pode aparecer antes, tornando-se crucial o reconhecimento precoce dos sintomas.

Fatores de risco para Alzheimer precoce

Vários fatores aumentam o risco de desenvolvimento do Alzheimer precoce. Entre eles, destacam-se:

  • Baixos níveis de condicionamento cardiovascular
  • Menor capacidade cognitiva na juventude
  • Genética, com três genes (APP, PSEN1 e PSEN2) associados à doença
  • Lesões cerebrais traumáticas, segundo evidências prévias

Pessoas preocupadas com o risco podem realizar testes genéticos para identificar a presença de genes relacionados ao Alzheimer.

Por que o Alzheimer precoce pode ser mais agressivo?

Estudos indicam que o Alzheimer de início precoce pode causar mudanças mais rápidas no cérebro, tornando a condição mais agressiva em comparação com o Alzheimer tardio. As pessoas com a doença na forma precoce tendem a ter uma expectativa de vida cerca de dois anos menor.

As áreas do cérebro envolvidas no processamento de informações sensoriais e relacionadas ao movimento mostram maiores sinais de danos no quadro precoce, enquanto o hipocampo, crucial para a memória, pode sofrer menos danos do que nos casos de Alzheimer tardio.

Portanto, se você ou alguém que conhece apresenta sintomas, é fundamental procurar ajuda médica. Um diagnóstico precoce pode permitir o início de tratamentos que ajudam a retardar o progresso da doença.

Como prevenir Alzheimer precoce?

Adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a fortalecer o cérebro contra a doença. Pesquisas mostram que exercícios físicos regulares e uma dieta rica em vegetais, frutas secas e chocolate podem reduzir o risco de Alzheimer precoce. Um estudo italiano revelou que pessoas que se exercitavam por mais de duas horas e meia por semana apresentavam melhor desempenho em testes de memória, mesmo aquelas geneticamente predispostas à doença.

Além disso, manter uma rotina regular de sono, reduzir o estresse e estimular a mente com atividades intelectualmente desafiadoras também são estratégias eficazes para a prevenção da doença.

Em resumo, o Alzheimer precoce é uma condição séria que pode afetar pessoas em idades mais jovens do que o esperado. A conscientização sobre os sintomas e os fatores de risco é crucial para um diagnóstico e tratamento precoces, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.