Ciência e Saúde
Ácido hialurônico e PMMA: A polêmica que dominou as redes sociais na última semana
Convidamos a especialista Larissa Leme para comentar sobre o caso de mulheres que tiveram o rosto deformado após a harmonização facialRecentemente, veio à tona o caso de mulheres que tiveram o rosto deformado por uma dentista que prometia elevar a autoestima de mulheres e as deixava com o rosto deformado, tal fator ocorria porque a dentista dizia usar ácido hialuronico (substância recomendada para o procedimento) e usava o polimetilmetacrilato (PMMA) causando assim processos inflamatórios e alguns danos irreversíveis.
Convidamos a especialista Larissa Leme para esclarecer o caso e nos apresentar as principais diferenças e indicações das substâncias:
“PMMA (polimetilmetacrilato): é um material que preenche volumes do tecido, usado em preenchimentos permanentes. Ele é um tipo de plástico, apresentado em um formato de microesferas.
Independentemente da quantidade aplicada, podem ocorrer reações inflamatórias crônicas, dor crônica, infecções, formação de nódulos, enrijecimento da região, rejeição do organismo e até necrose do tecido.
Ácido hialurônico: esse preenchedor é considerado muito mais seguro. Isso ocorre, pois o ácido é uma substância natural da pele, que com o tempo é absorvido pelo organismo, sem danos. Além disso, ele raramente causa alergias, e quando isso ocorre há uma enzima, chamada a hialuronidase, própria para remove-lo.” Esclarece Larissa.
Indo a fundo no caso, Larissa explica os problemas que podem ser gerados pelo PMMA e que podem ter provocado a reação nas pacientes:
“O pmma por ser um preenchedor permanente, não acompanha o envelhecimento da nossa pele, não tendo um resultado bonito a longo prazo, além disso não indicamos para face, pois qualquer inflamação ou infecção causada pelo produto tem extrema dificuldade para ser revertida. Até mesmo a indicação para outras regiões do corpo deve ser extremamente cautelosa, pois o produto pode causar complicações irreversíveis, hoje com o ácido hialuronico no mercado, conseguimos realizar um tratamento extremamente seguro.”