Brasil
Militares da Marinha completam um mês de atuação no RS
Confira um balanço das ações em apoio às vítimas das enchentes
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No fim de abril, chuvas fortes começaram a cair sobre vários municípios do Rio Grande do Sul, fazendo com que o nível do Rio Guaíba atingisse sua maior marca na história. As inundações causadas por essas chuvas têm afligido a população da região, mudando radicalmente suas vidas.
Assim que acionada, há exatos 30 dias, a Marinha do Brasil (MB) atendeu prontamente ao chamado, e começou a trabalhar em prol do povo gaúcho. Logo no dia 30 de abril, a Capitania Fluvial de Porto Alegre enviou viaturas, embarcações e militares para prestar apoio à população, em conjunto com outras Forças e autoridades locais.
No dia seguinte (1º), o Ministério da Defesa publicou uma portaria ativando o Comando Operacional Conjunto “Taquari 2”, consolidando o emprego das Forças Armadas nos municípios em situação de calamidade pública. Já no domingo (5), cerca de 40 pessoas foram resgatadas, incluindo dois bebês e uma mulher grávida de gêmeos, além de animais domésticos.
Desde então, o apoio de aeronaves da MB tem sido fundamental para chegar às áreas de difícil acesso e resgatar pessoas ilhadas em ações de Busca e Resgate. Helicópteros da Marinha também transportam alimentos, água e combustível No mesmo fim de semana, a Força transportou uma tonelada de mantimentos para a região de Lajeado e 1.200 litros de querosene de aviação que abasteceram aeronaves militares e civis empregados nos resgates. No mesmo dia, a MB transportou 30 cilindros de oxigênio para o RS.
A carga, que totalizou 1,5 tonelada, foi transportada por meio da aeronave UH-15 (Super Cougar). Os cilindros foram entregues à Secretaria Municipal de Saúde do município de São Jerônimo, cujos estoques já estavam zerados.
Na segunda-feira (6), a MB enviou o Navio-Patrulha (NPa) “Babitonga” para a região de Porto Alegre, levando combustível e donativos para a população afetada, como Marinha do Brasil: Protegendo nossas riquezas, cuidando da nossa gente www.marinha.mil.br material de higienepessoal, gêneros alimentícios não perecíveis, material de limpeza e cerca de 5 mil litros de água potável.
No mesmo dia, foi ativado o Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, contando com 18 profissionais de saúde da Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM), a fim de guarnecer um Hospital de Campanha (HCamp). Eles deixaram o Rio de Janeiro em uma aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB), rumo a Canoas (RS).
Em outra frente, a Marinha do Brasil (MB) está participando da reconstrução de nove escolas públicas no município de Guaíba (RS), destruídas pelas chuvas e enchentes. A Ação Cívico-Social foi dividida em três fases: remoção de lixo e entulho; limpeza de compartimentos e higienização; e manutenção e reparos (elétricos, de carpintaria, metalurgia, pintura e obras em geral).
O trabalho, realizado por 30 Fuzileiros Navais, iniciou na Escola Municipal Santa Rita, a maior escola de Guaíba, que atende quase dois mil alunos. A previsão é entregar a escola neste sábado (1o /6). Na última semana, a MB empregou militares e viaturas para descarregar um caminhão bitrem com mais de 40 toneladas de doações, que saiu de Minas Gerais e estacionou na BR-290, próximo aos municípios gaúchos de Guaíba, Eldorado do Sul e Ilha da Pintada (RS).
Os kits com cestas básicas, água mineral, roupas, colchões, material veterinário e rações, entre outros produtos, foram arrecadados em Ipatinga (MG), de onde se deslocou a carreta para uma jornada de dois mil quilômetros até o Rio Grande do Sul. Nesta terça (27), a MB iniciou a montagem de um HCamp em Rio Grande.
A estrutura foi transferida de Guaíba (RS) e para assegurar que a população continue a receber cuidados médicos essenciais, o HCamp da MB só foi deslocado do município quando militares do Exército Brasileiro instalaram outro centro provisório na cidade.
Enquanto permanecer o cenário de calamidade climática na região, a MB continuará sempre pronta para empregar seus meios e militares no auxilio à população gaúcha – tanto em ações de resgate, quanto na reconstrução de vias e estruturas afetadas -, além de apoiar a Defesa Civil e os órgãos locais no que for necessário.
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