Problema na apuração? Escolas de samba pedem revisão de notas e penalizações

A Beija-Flor de Nilópolis foi a última escola a passar pelo Desfile das Campeãs, na Marquês de Sapucaí, como grande vencedora do carnaval carioca. A noite desse sábado (8) ficou marcada por protestos e pela repercussão das notas, consideradas baixas, por algumas diretorias.

Três agremiações apresentaram recursos à Liesa, a Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial, com o objetivo de que a instituição reveja as notas dadas durante a apuração.

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Grande Rio, segunda colocada, recebeu descontos no quesito bateria, porém a explicação do jurado, segundo a diretoria, não teria sido convincente. Fafá, o mestre de bateria do Acadêmicos do Grande Rio, recebeu descontos porque o jurado não ouviu o som de um dos instrumentos.

Sobre as notas da bateria, ele desabafou: “Estou bem chateado. Acho que a gente não merecia isso, mas respeito os outros jogadores. A escola está em sua melhor forma. Estou chateado e magoado, mas respeito as outras escolas, a Beija-Flor e todo mundo”, disse.

“Se continuar dessa forma, vai acabar engessando as baterias. Se você falar de algo da África, trouxer instrumentos da África, e esses instrumentos não saírem sonoramente como gostariam, a gente não tem culpa. Colocamos microfone justamente para eles aparecerem. Outras escolas também usaram, algumas eles ouviram e outras não”, finalizou.

A Unidos de Padre Miguel, rebaixada para a Série Ouro, também não concordou com o critério de avaliação utilizado pelos jurados, e se queixou das grandes despontuações feitas pelos jurados.

Outra agremiação que entrou com recurso foi a Unidos da Tijuca, após receber uma multa de 80 mil reais.

A penalização financeira, segundo a Liesa, ocorreu porque a escola teria excedido o tempo reservado para retirar as alegorias da avenida. A instituição informou, em nota, que o departamento jurídico já tomou ciência dos recursos e irá analisá-los, seguindo o regulamento do carnaval.