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Carnaval

Pela primeira vez, disputa de samba na Imperatriz será totalmente aberta a compositores de outras agremiações

Objetivo da diretoria ao mudar o regulamento é acabar com as restrições e atrair sambistas de todo o Brasil

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Imperatriz
(Foto: Nelson Manfacini/ Divulgação)

A disputa de samba-enredo para o Carnaval de 2023 na Imperatriz Leopoldinense será aberta a todos os compositores interessados pela primeira vez na história. Dessa forma, poetas de escolas coirmãs, filiados a entidades musicais em geral e novos talentos dos mais variados gêneros poderão inscrever suas obras no concurso.

A entrega da sinopse do enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, do carnavalesco Leandro Vieira, será no próximo dia 29 de junho, às 20h, na quadra da Imperatriz, em Ramos, Zona Norte do Rio.

“Agora, quem já compõe ou participa de disputas em outras escolas também poderá participar do concurso na Imperatriz. É também uma oportunidade de conhecermos novos talentos do Rio de Janeiro e do país. Acreditamos muito nessa mescla. Esse convite também se estende a compositores de outros gêneros musicais”, disse a presidente da Imperatriz, Cátia Drumond.

Fundada em 9 de março de 1959 e reconhecida por ter uma das principais discografias do Carnaval brasileiro, a verde, branco e ouro revelou grandes compositores como Zé Katimba, Guga, Niltinho Tristeza, Preto Jóia e Tuninho Professor. Agora, a Rainha de Ramos quer promover uma disputa plural, unindo a experiência dos compositores da casa com talentos de fora.

“Permitir a participação de autores que não são, obrigatoriamente, membros efetivos da ala de compositores da Imperatriz irá proporcionar uma safra de sambas com maior diversificação rítmica, melódica e poética. Será uma das eliminatórias mais emocionantes e acirradas da história gresilense”, comemorou André Bonatte, presidente da ala de compositores da Imperatriz.

As regras e o formato da disputa também serão informados na data da divulgação da sinopse.

O enredo de Leandro Vieira se debruça na “peleja” inverossímil e delirante dos cordelistas que, após a morte do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva – o famoso Lampião -, transformaram em jocoso, ficcional e rica literatura o destino pós-morte da mítica personalidade nordestina.

Cordéis populares sobre o tema, como “A chegada de Lampião no inferno”, “O grande debate que teve Lampião com São Pedro” e “A chegada de Lampião no céu” são o mote do brasileiríssimo e rico universo artístico da narrativa proposta pelo artista.