Carnaval
Carnaval pode ser adiado caso público no Sambódromo seja reduzido
Jorge Perlingeiro, presidente da Liesa, se reuniu com representantes da área para discutir sobre realização da festa no ano que vemJorge Perlingeiro, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), alertou que, caso haja a necessidade de redução de público no carnaval, vai adiar os desfiles para junho de 2022.
Nesta sexta-feira (1º), o presidente da Liga se reuniu com representantes de blocos carnavalescos e de escolas de samba, especialistas na área de saúde e integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Secretaria Municipal de Cultura, da RioTur e da vigilância sanitária municipal, para discutir sobre a realização da festa no ano que vem. Audiência foi conduzida pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL), presidente da Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal do Rio.
Perlingeiro afirmou estar confiante com a realização do evento para 2022. “Acredito que vai ter carnaval. Nós estamos muito esperançosos. Eu mesmo vou tomar minha terceira dose daqui três ou quatro dias. A vacinação em massa está acontecendo”, contou o dirigente, que ainda falou da importância do megaevento para a cidade do Rio de Janeiro. “Falo não só do lado da festa, da cultura, mas também do lado econômico. Todo mundo sabe que o Rio de Janeiro perdeu cerca de 5 bilhões de reais por não ter realizado o Carnaval do ano passado. A economia precisa seguir, e o carnaval é o fio condutor disso”, completou.
O presidente contou também que se a festa não tiver na sua plenitude no mês de fevereiro do ano que vem, o festival passará para julho de 2022. “A exemplo do futebol que abriu seus estádios para o público de maneira reduzida, o Carnaval não é assim. Temos um acordo com todos aqueles que trabalham no Carnaval, nosso espetáculo é diferenciado. Se fizerem uma lei ‘só pode com 50% da Sapucaí’ então vamos para julho de 2022. Já está no contrato assinado”, disse Jorge Perlingeiro.
Segundo a Prefeitura do Rio, a estimativa é de que até o final de novembro todas as principais restrições referentes à Covid sejam derrubadas na cidade. Apesar disso, a decisão final sobre o carnaval de 2022 depende das taxas de transmissão da doença no final do ano.
“Acreditamos que, até o final do mês de novembro, possamos derrubar praticamente todas as principais restrições na cidade do Rio de Janeiro. Mas, se tivermos uma taxa de transmissão alta, por si só, já não dá para fazer carnaval”, contou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, durante audiência pública, realizada pela Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal, na manhã desta sexta-feira (1º).