Carnaval
Bateria e samba-enredo são os destaques do desfile da Vigário Geral
Agremiação teve problemas nos quesitos plásticosA Acadêmicos de Vigário Geral foi a primeira escola de samba a desfilar pela Série A nesta sexta-feira (21), na Marquês de Sapucaí, com o enredo “O Conto do Vigário”, dos carnavalescos Alexandre Costa, Marcos do Val e Lino Salles. O destaque da apresentação ficou por conta do bom desempenho de alguns quesitos de chão, como a bateria e o samba-enredo.
Para Fred Soares e Luiz Fernando Reis, comentaristas de Carnaval da Super Rádio Tupi, os quesitos plásticos (alegorias e fantasias) deixaram a desejar na apresentação da Vigário. A principal escultura do abre-alas não subiu por completo e desfilou inclinada. Na ala das baianas, algumas componentes estavam sem a sapatilha e se apresentaram com outros sapatos. Uma das componentes estava sem as mangas. Além disso, um tripé foi inserido no último setor, após o terceiro carro. O elemento alegórico era uma representação aos Presidentes da República da história do Brasil.
“Foi um desfile digno. Acredito na permanência da escola na Série A devido aos pontos positivos dos quesitos de chão. Os quesitos da parte plástica realmente deixaram a desejar e a escola deve ser penalizada”, opinou Fred Soares.
Com a introdução do elemento alegórico que não consta no roteiro dos julgadores, a escola também deve ser penalizada no quesito enredo.
Devido ao pouco contingente, a Vigário Geral precisou adotar uma evolução mais lenta. Por conta disso, dificilmente conseguirá gabaritar o quesito. O canto dos componentes também oscilou. Algumas alas, especial do último setor, cantaram o samba a plenos pulmões. Outras, no entanto, não conseguiam entoar nem os refrões.
A escola entrou na Avenida às 22h45, quinze minutos após o previsto. Isso em razão da forte chuva que caiu no Sambódromo antes da apresentação.