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Brasil

Weintraub compara operação da Polícia Federal ao nazismo

Ministro da Educação compartilhou, pelas redes sociais, foto de nazistas apontando armas para judeus

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministro da Educação, Abraham Weintraub (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a criticar a operação da Polícia Federal, que investiga Fake news contra o STF.

Na manhã desta quinta-feira (28), Weintraub compartilhou, pelas redes sociais, imagens dos quais compara a ação da PF com o regime nazista. A fotografia mostra militares nazistas apontando armas para um grupo de judeus.

“Primeiro, nos trancaram em casa. Depois, brasileiros honestos buscando trabalho foram algemados. Ontem, 29 famílias tiveram seus lares violados! Sob a mira de armas, pais viram suas crianças e mulheres assustadas terem computadores e celulares apreendidos! Qual o próximo passo?”, escreveu.

Esta não é a primeira vez em que o ministro publica imagens comparando a ação da Polícia Federal com o holocaustos. Nesta quarta-feira (27), Weintraub também escreveu que a operação seria lembrada como “a Noite dos Cristais Brasileira”, em alusão ao dia em que sinagogas judias foram atacadas na Alemanha.

Por meio de nota, a Confederação Israelita do Brasil condenou as comparações feitas pelo ministro da Educação.

“Não há comparação possível entre a Noite dos Cristais, perpetrada pelos nazistas em 1938, e as ações decorrentes de decisão judicial no inquérito do STF, que investiga fake news no Brasil. A Noite dos Cristais, realizada por forças paramilitares nazistas e seus simpatizantes, resultou na morte de centenas de judeus inocentes, na destruição de mais de 250 sinagogas, na depredação de milhares de estabelecimentos comerciais judaicos e no encarceramento e deportação a campos de concentração. As ações do inquérito, por sua vez, se dão dentro do ordenamento jurídico, assegurado o direito de defesa, ao qual as vítimas do nazismo não tinham acesso. A comparação feita pelo ministro Abraham Weintraub é, portanto, totalmente descabida e inoportuna, minimizando de forma inaceitável aqueles terríveis acontecimentos, início da marcha nazista que culminou na morte de 6 milhões de judeus, além de outras minorias”, diz o comunicado.

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