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Vídeo: Brasileiro resgatado do tráfico humano em Mianmar relata fuga

Após escapar de cativeiro em Mianmar, Phelipe Ferreira divulga vídeo na Tailândia enquanto aguarda repatriação

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Brasileiro resgatado do tráfico humano em Mianmar
Phelipe relatou tráfico nas redes sociais. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Phelipe Ferreira, um dos brasileiros que foi vítima de tráfico humano em Mianmar, utilizou as redes sociais, nesta sexta-feira (14), para relatar sua fuga e confirmar que está na Tailândia, aguardando repatriação.

Phelipe e Luckas Viana dos Santos escaparam na madrugada de domingo com o auxílio da ONG “The Exodus Road” e do Exército Democrático Karen Budista (DKBA), um grupo armado formado por dissidentes das forças armadas locais. Confira o vídeo:

Exploração e tortura

De acordo com a coordenadora da organização, Cíntia Meirelles, os criminosos, associados à máfia chinesa, forçavam os reféns a aplicarem golpes financeiros, estabelecendo uma meta mensal de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 576 mil).

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Aqueles que não atingiam o valor eram submetidos a torturas físicas e psicológicas, incluindo choques elétricos e jornadas de trabalho superiores a 18 horas.

“Estamos bem e aguardando a repatriação”

Em um vídeo publicado nos stories do Instagram, Phelipe afirmou:

“Só avisando para vocês que eu e o Luckas estamos bem. A gente está aguardando a nossa repatriação aqui na base militar da Tailândia. Passando para agradecer a todo mundo que orou por nós e torceu por nós. Sem a oração e a ajuda de vocês, não teríamos conseguido”.

Ele mencionou que ambos devem seguir para Bangkok em breve:

“Pessoal que está me mandando mensagens, eu não consigo responder todo mundo porque estou sem celular. Estou pegando o celular de algumas pessoas aqui para entrar em contato com a minha família. Quando eu conseguir chegar ao Brasil, eu respondo todo mundo e explico como foi, para quem tiver curiosidade. Nós estamos bem, eu e o Luckas. Amanhã, a embaixada vem buscar a gente para irmos para Bangkok e, depois, aguardarmos as documentações”.

Expectativa da família

Conforme relataram familiares, Phelipe e Luckas estão na cidade de Mae Sot, na Tailândia, hospedados em um hotel próximo à embaixada brasileira.

Antes da fuga, Phelipe avisou ao pai sobre o plano. Em mensagens enviadas, ele detalhou que atravessaria um rio com outras 85 pessoas e correria por dois quilômetros. Ele pediu orações e se despediu, caso algo desse errado.

O pai de Phelipe, Antônio Carlos Ferreira, contou que o filho conseguiu enviar mensagens por um número desconhecido, quando a máfia não o monitorava:

Phelipe e Luckas
Phelipe e Luckas, vítimas de tráfico humano. Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Ele me avisou sobre a fuga e a ONG também. Estávamos só na expectativa e, graças a Deus, o meu filho foi resgatado. Estou muito feliz, muito feliz mesmo. Você não sabe o que estou sentindo neste momento”, disse Antônio ao g1.

A mãe de Luckas, Cleide Viana, também se mostrou aliviada, mas destacou que ainda há questões legais a serem resolvidas:

“Graças a Deus, ele foi resgatado. Agora, temos uma outra etapa, porque a gente precisa de ajuda das autoridades para novos passaportes. Eles fugiram e receberam a ajuda da ONG para conseguirem sair de novo da máfia, mas eles não têm passaporte e não podem ficar como ilegais no país”.

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