Brasil
Último trimestre do ano pode ser boa época para investir em franquia
Especialista analisa momento atual e incentiva empreendedores
Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), depois de alcançar um crescimento de 8,8%, no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, o setor de franquias mostra-se ainda mais acelerado e registra um crescimento de 16,8% no segundo trimestre, se comparado com o mesmo período do ano anterior. Visto que no último trimestre teremos as festas de fim de ano, além da Black Friday e a Copa do Mundo, a expectativa está alta para manter o crescimento de novas franquias.
Segundo o diretor de novos negócios e expansão do Grupo Impettus, Bruno Gorodicht, o comércio passou dois anos estagnado e, após a pandemia, o crescimento nas franquias é notório. “Se comparar o acumulado de crescimento de períodos anteriores, em 2020 houve um déficit de 4% no ano, em 2021 houve um superávit de 8% e o acumulado de 2022 já bateu 12%. Isso deve ao ânimo do consumidor, que voltou. O setor de alimentação, por exemplo, cresceu mais de 30%, então está bem aquecido”, relata.
Bruno reitera que o último trimestre do ano é, naturalmente, mais aquecido por causa das compras de natal. “Os shoppings já estão sinalizando aumento de venda antes do período mais quente, que é o natal. A Copa do Mundo contribuiu pra isso, tanto para o setor de bares, quanto para o setor de moda, já que as pessoas compram roupas e acessórios para torcerem. Os bares e os botecos estão sentindo um fluxo maior de pessoas indo até esses locais em horários até que geralmente poucas pessoas vão”, diz.
Sobre as expectativas para o ano que vem, principalmente com a mudança de governo, Bruno diz que é claro que a economia do país precisa ser levada em conta, mas mesmo que crises sejam anunciadas, quem faz o negócio crescer é o empreendedor. “O segmento de franquias é muito bom para quem quer abrir um negócio. Se alguém abre um negócio com marca própria, por exemplo, a marca tem taxa de mortalidade de 60% em até dois anos. Mas se abrir uma franquia com uma marca já consolidada, a taxa cai para 6%, pois parte-se do pressuposto de que a marca já passou por várias crises, que o público já tem conhecimento da marca, ou seja, o negócio vai ter mais segurança e credibilidade. O retorno financeiro pode ser igual, ou até superior ao de um negócio com marca própria”, finaliza.