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Turista de 16 anos é encontrado morto em Jericoacoara; pai culpa facção

Pai do adolescente diz que filho foi morto por engano após fazer gesto em fotos sem saber que se tratava do símbolo de uma facção criminosa que atua no estado

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O pai da vítima, ao perceber o desaparecimento, refez o percurso e buscou imagens das câmeras de comércios locais, que confirmaram a abordagem. Foto: Reprodução

O adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, natural de Bertioga (SP), foi encontrado morto na tarde de quarta-feira (18) na vila de Jericoacoara, no litoral do Ceará. Ele havia desaparecido na madrugada de segunda-feira (16), enquanto voltava sozinho para o hotel onde estava hospedado com o pai, Danilo Martins de Jesus.

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A polícia investiga as circunstâncias do crime. Segundo o pai, Henrique pode ter sido morto por engano após fazer um gesto com as mãos em fotos, sem saber que representava o símbolo de uma facção criminosa que atua no estado. No entanto, até o momento, a motivação oficial não foi confirmada pelas autoridades.

Pai e filho estavam no destino turístico há uma semana e tinham passagem marcada para retornar a São Paulo no dia seguinte ao desaparecimento de Henrique. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o jovem foi abordado e rendido por pelo menos sete homens, que o levaram para um local desconhecido. O pai da vítima, ao perceber o desaparecimento, refez o percurso e buscou imagens das câmeras de comércios locais, que confirmaram a abordagem.

“Quando eu voltei para o hotel, não encontrei mais o meu filho. Passei a buscar em todos os lugares, refiz o percurso e vi que tinham várias câmeras do comércio local que poderiam ter flagrado algo. Fui até um dos locais e pedi as imagens. Agora é tarde, já encontraram ele morto”, disse Danilo em relato ao Uol.

Para Danilo, turistas da vila deveriam ser avisados sobre gestos utilizados por facções criminosas na região: “Isso [símbolo que Henrique fez com as mãos nas fotos] é normal onde moramos. O moleque tinha 16 anos. Deveriam ter orientado: ‘aqui não pode fazer esse símbolo, é de outra facção’ — falado isso para ele ou qualquer outra pessoa que não tem ciência. Não fazer uma crueldade dessas, achando que um moleque de 16 anos era envolvido com facção”, lamentou o pai da vítima.

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