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STJ converte em preventiva prisão de desembargadora baiana

Lígia Cunha é investigada no âmbito da “Operação Faroeste”

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(Foto: Divulgação/TSE)

(Foto: Divulgação/TSE)

A prisão temporária da desembargadora Lígia Cunha, do Tribunal de Justiça da Bahia foi convertida pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça, em preventiva. Lígia é investigada no âmbito da “Operação Faroeste”, sobre um esquema de venda de decisões de magistrados baianos. A medida passa a valer a partir deste domingo (20).

O ministro do STJ atendeu a um pedido da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, responsável pelo caso, que argumentou que a magistrada atuava para impedir as investigações. Lígia Cunha e outra desembargadora do TJBA, Ilona Reis, foram presas temporariamente na última segunda-feira, quando foram cumpridos também 36 mandados de busca e apreensão na 5ª e 6ª fases da “Operação Faroeste”.

Por nota, o Ministério Público Federal informou que “a hipótese criminal apurada é a de que as desembargadoras criaram organizações criminosas especializadas em vendas de decisões e lavagem de ativos, com atuação nos conflitos de terras do Oeste baiano e outras regiões”.

De acordo com as investigações, Lígia Cunha teria recebido R$ 950 mil para proferir decisões em quatro processos e para praticar tráfico de influência em relação a outro. Ela teria intimidado uma servidora do TJBA para que apagasse informações de um computador, entre outros atos para tentar acobertar os crimes, segundo o MPF.

Os filhos dela, que são advogados, também estariam envolvidos no esquema. Ilona Reis, por sua vez, teria atuado em três processos e recebido R$ 300 mil.