Brasil
STF manda Bolsonaro dar explicações sobre intimidação à Anvisa
Ministro já tinha ordenado que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestasse esclarecimentos
( Foto: Carlos Moura/SCO/STF)
Jair Bolsonaro tem 48 horas para prestar explicações sobre uma suposta intimidação a servidores da Anvisa. O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal tomou a decisão, após o presidente pedir, em uma transmissão ao vivo na internet, a divulgação dos nomes de funcionários do órgão que aprovaram a vacinação de crianças de 5 a 11 anos com a vacina da Pfizer.
Além disso, o ministro já tinha ordenado, nesta semana, que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestasse esclarecimentos. Moraes atende a um requerimento do senador Randolfe Rodrigues, que solicitou a análise do fato. Dependendo das explicações, o magistrado vai decidir se abre a investigação ou se rejeita o pedido do senador, que integrou a CPI da Covid-19, no Senado Federal.
A Anvisa aprovou, no último 16, a indicação da vacina Comirnaty para imunização contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade. A aprovação permitiu o início do uso da vacina no Brasil para esta faixa etária. A autorização veio após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório.
Segundo a equipe técnica da Agência, as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa. A avaliação da Agência levou 21 dias, descontados os 14 dias que a Pfizer utilizou para responder exigências técnicas da Anvisa.
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