Brasil
Semana Mundial do Brincar: Os efeitos positivos de brincar
Iniciativa foi criada pelo Movimento Aliança pela Infância
A Semana Mundial do Brincar acontece até 28 de maio, abordando o tema “A Natureza no Brincar”. O objetivo é fazer um chamado coletivo para a valorização do ato de brincar. A psicóloga Luana Menezes, especialista em psiquiatria e psicanálise com crianças e adolescentes pela UFRJ, ressalta que o ato de brincar traz benefícios para a saúde física e mental das crianças, auxiliando no desenvolvimento intelectual.
“O ato de brincar é um indicador de saúde da criança. É fundamental para desenvolver a criatividade e imaginação, exercitar papéis e elaborar suas emoções vivenciadas, além de favorecer a aprendizagem. Portanto, a criança deve ter tempo e liberdade de brincar”, diz a psicóloga.
Inspirada pela sua maternagem, Luana escreveu o livro “Eu Só Quero Brincar”, onde de forma lúdica e leve fala sobre a importância do brincar livre, deixando claro através da história infantil que brincadeira não tem gênero.
“As formas de brincar e objetos disponibilizados para a brincadeira representam a cultura e os papéis sociais de uma determinada época da sociedade. Precisamos ampliar o questionamento sobre a separação e diferenciação sobre o que é de menino ou menina. É necessário somar e agregar, compreendendo que tudo o que está disponível é para crianças, que sentem as mesmas necessidades humanas, como demonstrar sentimentos, ter autonomia, se defender, proteger, cuidar de si e de outros”, explica Luana Menezes.
A psicóloga e escritora alerta ainda que a brincadeira é essencial também na fase adulta e, principalmente, na terceira idade, auxiliando na manutenção da saúde mental e no desenvolvimento cognitivo.
“O adulto que deixa de brincar se desconectou de sua criança interior ou até mesmo pode não ter dito a chance de vivenciar a infância com excesso de responsabilidades que não eram para a sua idade. Se conectar com sonhos, objetivos; explorar a capacidade de brincar, se divertir, rir, criar é fundamental para a preservação da vida saudável do adulto e idoso, pois o adoecimento mental, como depressão na vida adulta é justamente a falta de sonhos e perspectivas de futuro”, relata a especialista.