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Brasil

Presidente da Fundação Palmares não dará suporte ao Dia da Consciência Negra

Sérgio Camargo quer "revalorizar" a princesa Isabel e o dia da assinatura da Lei Áurea

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Foto: Reprodução

Mais uma polêmica envolvendo Sérgio Camargo, nomeado para presidir a Fundação Palmares. O jornalista declarou nesta terça-feira, que não dará “suporte algum” para o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e que sua gestão trabalhará para “revalorizar” a princesa Isabel e o dia 13 de Maio, data da assinatura da Lei Áurea, que deu fim à escravidão. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com secretário de Cultura, Roberto Alvim.

Camargo foi nomeado presidente da Fundação Palmares em 27 de novembro pela Casa Civil, e foi alvo de críticas do movimento negro, por declarar nas redes sociais que a escravidão foi benéfica e que o Brasil tem um “racismo nutella”.

No dia 4/12, a Justiça Federal do Ceará suspendeu a nomeação do jornalista. A Advocacia-Geral da União apresentou na sexta-feira, recurso para reverter a decisão. Para Camargo, a decisão de afastá-lo é “absurda” e “política”, e afirmou que nunca negou a existência do racismo no Brasil.

Sérgio Camargo defende que o racismo “não é estrutural, segundo tese da esquerda, mas circunstancial”, e que “o pior tipo de racismo é praticado por movimentos de esquerda”.