Brasil
Portos: leilão acirra competição entre gigantes de terminais
Empresas verticalizadas são aquelas que fazem todas as fases da cadeia produtiva, ou seja, ela retira a carga dos navios e entrega diretamente ao importador
O presidente da Associação Brasileira de Terminais (ABTRA), Angelino Caputo, que agrupa terminais alfandegados, defendeu no Tribunal de Contas da União (TCU) a restrição da participação das empresas APM Terminals e da TIL no leilão de área na poligonal de Santos, conhecida por STS10, porque as duas utilizam um modelo de logística integrada e serem consideradas empresas verticalizadas, que segundo ele, é um modelo não adequado para os portos brasileiros.
Porém, em visita ao terminal da mesma APM Terminals no Porto de Roterdã, na Holanda, Caputo fez rasgados elogios aos ganhos de eficiência e produtividade resultados do mesmo modelo aplicado por lá. Fica a pergunta: por que para os portos de outros países o modelo é eficiente e para o Brasil não? Será que a ABTRA não quer um Brasil mais competitivo?
Para esclarecer, empresas verticalizadas são aquelas que fazem todas as fases da cadeia produtiva, ou seja, ela retira a carga dos navios e entrega diretamente ao importador, gerando eficiência e rapidez no serviço como já ocorre aqui no Brasil com a Vale, que atua com enorme eficácia.
Importante ressaltar que a ineficiência nos portos aumenta o custo da carga e consequentemente o custo Brasil. Já foi comum o registro de enormes filas de navios para aportarem, fazendo com a carga chegasse sempre com atraso, aumentando a desconfiança e incerteza de futuros investimentos no país.