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Polícia Federal explica que ação terrorista foi premeditada e faz perícia em trailer

Em entrevista no programa Cidinha Livre nesta quinta-feira (14), a jornalista Adriana Bernardes, do Correio Braziliense, deu mais detalhes sobre a ação terrorista que movimentou Brasília e o Brasil inteiro

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(Foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
(Foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Por Luana Patriolino


O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse, na manhã desta quinta-feira (14), que a investigação da corporação aponta indícios de planejamento a longo prazo por parte de Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, autor das explosões na Praça dos Três Poderes, na noite de quarta-feira (13).

Rodrigues disse que os explosivos são artesanais “mas com grau de lesibilidade muito grande”. Ainda segundo Rodrigues, as bombas eram “artefatos de fragmentação” que simulavam granadas.

“Isso poderia causar um dano ainda maior se o intento fosse concluído. Além disso, essa pessoa portava com ela um extintor de incêndio carregado de gasolina, que simulava um lança-chamas”, informou.

No porta-malas do veículo do homem, foram encontrados fogos de artifício. Outro indício que pode indicar a premeditação foi um trailer ligado a Francisco Wanderley.

“Esse trailer foi alugado há alguns meses — não foi uma coisa recente — e estava em um ponto estratégico nas proximidades do STF, o que nos aponta para, de fato, um planejamento de médio e talvez de longo prazo e que sinalizam a gravidade de tudo isso que foi feito”, disse o diretor da PF.

Duas explosões foram ouvidas na noite de quarta-feira na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios. Uma delas ocorreu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF) e a outra em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança da Corte.

O ataque culminou na morte de Francisco Wanderley Luiz, dono do veículo. Natural de Santa Catarina, ele tinha alugado uma casa em Ceilândia, distante cerca de 30km do local das explosões. Na residência, a polícia encontrou artefatos explosivos do mesmo tipo usado na Praça dos Três Poderes. Também foram apreendidos um notebook e um pen-drive.

Em mensagens deixadas nas redes sociais, o homem-bomba disse que “o jogo acaba dia 16” e afirma que há outros artefatos espalhados. Rodrigues disse que os policiais usaram um robô para abrir uma gaveta que tinha uma bomba na residência usada em Ceilândia.

“Ao abrir uma gaveta para fazer uma busca e teve uma explosão. O uso desse robô salvou a vida de alguns policiais que não sobreviveriam caso tivessem aberto a gaveta”, informou o diretor.

O inquérito está sob sigilo. Segundo o diretor da PF, ainda não se sabe a motivação do crime, mas que a polícia trabalha com a hipótese de ataque terrorista e atentado ao Estado democrático de Direito.

Em entrevista no programa Cidinha Livre nesta quinta-feira (14), a jornalista Adriana Bernardes, do Correio Braziliense, deu mais detalhes sobre a ação terrorista que movimentou Brasília e o Brasil inteiro. Segundo a jornalista, apesar de ser bombas caseiras, elas tinham o mesmo poder de uma granada. “Ela tinha um poder de destruição que poderia ter causado uma tragédia muito grande”, explicou.

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