Brasil
PGR pede investigação de agressões a jornalistas durante manifestação
No ofício enviado ao órgão o procurador defende a responsabilização penal dos autores
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Foto: Reprodução
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira(4) ao Ministério Público do Distrito Federal que apure as agressões sofridas por jornalistas durante manifestação ocorrida no domingo(3) em Brasília. No ofício enviado ao órgão, Aras defende a responsabilização penal dos autores.
“Tais eventos, no entender deste Procurador-Geral da República, são dotados de elevada gravidade, considerada a dimensão constitucional da liberdade de imprensa, elemento integrante do núcleo fundamental do Estado Democrático de Direito”, afirmou Aras.
No domingo(4), data em que se celebrava o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, foi agredido com socos e chutes quando tentava registrar fotos do presidente Jair Bolsonaro cumprimentando os manifestantes em frente ao Palácio do Planalto. Além de Sampaio, o motorista do jornal Marcos Pereira foi derrubado com uma rasteira. Os agredidos deixaram o local escoltados pela Polícia Militar. Jornalistas de outros veículos também foram hostilizados durante o ato.
As agressões foram repudiadas por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e por entidades da sociedade civil. Os manifestantes levavam faixas com mensagens contrárias ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal e de apoio ao presidente.
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