Brasil
PF afirma que Bolsonaro se reuniu com general para apoio militar a golpe de Estado
O relatório da Polícia Federal mostra que o encontro, com o general Estevam Cals Theofilo, ocorreu no dia 9 de dezembro de 2022
De acordo com relatório da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro se encontrou, no dia 9 de dezembro de 2022, com o general Estevam Cals Theofilo, comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter), para buscar apoio militar a um golpe de Estado.
As evidências foram mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo o relatório, obtido pelo Correio Braziliense, o encontro tinha “a finalidade de organizar o apoio militar”.
“Mauro César Barbosa Cid e Marcelo Câmara trocaram mensagens indicando que estavam acompanhando a operação organizada pelo general Mário Fernandes de monitoramento de ministro desta Suprema Corte, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, para concretizar sua ilegal detenção, inclusive com a possível realização de homicídios em relação à chapa presidencial eleita”, afirma o relatório.
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Operação Contragolpe
Também a partir de mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, a PF verificou a existência de um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo era impedir a posse de Lula e por em prática um golpe de Estado.
Nomeada como Operação Contragolpe, a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) mira agentes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como ‘kids pretos’, apelido dado aos militares do Comando de Operações Especiais, o Copesp, subordinado ao Comando Militar do Planalto.
Nesta terça-feira (19), equipes policias cumprem cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares expedidas pelo STF no âmbito da Operação Contragolpe.
O general Mário Fernandes, militar reformado, Helio Ferreira Lima, o major Rafael Martins de Oliveira e o assessor de Eduardo Pazzuelo estão entre os presos da operação. Além disso, ainda existe mandato de prisão para um policial federal.
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