[OUÇA] Mãe suspeita de receber mesada para que empresário abusasse de filha menor de 2 anos é presa no RS

Uma mulher foi presa preventivamente em Porto Alegre, suspeita de receber mesada para que o empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos, abusasse sexualmente da filha, de 1 ano e 8 meses. De acordo com a Polícia Civil, a mãe, de 25 anos, é a quarta presa na “Operação La Lumière”, que investiga a exploração sexual infanto-juvenil.

Em entrevista à RBS TV, o advogado Marcos Vinícius Barrio, que defende o empresário, diz que a suspeita é “descabida e imprópria” e que a conduta de Jelson não se enquadra na “figura prevista do crime de exploração sexual”.

Além das quaro mulheres, o empresário suspeito foi preso em abril. Ele também foi indiciado por exploração sexual infantil e estupro.

Em entrevista exclusiva no programa “Cidinha Livre”, da Super Rádio Tupi, a delegada Camila de Faveri – DEPCA – Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Porto Alegre) afirma que a denúncia foi recebida pelo Disque 100, um canal onde as pessoas podem denunciar os crimes para poder ilustrar essa denúncia.

“Recebemos a denúncia anônima de que havia uma conversa onde uma mulher negocia a saída/ prostituição sexual da criança com um homem. Esse homem já está preso e ele é o líder da organização criminosa. Ele costuma ir atrás de mulheres com esse perfil, que são mulheres que vivem em situação de carência ou garotas de programa. E todas elas têm filhas que são crianças pequenas de 0 a 12 anos. E ai, ele combina a saída. Ele inicia primeiro uma relação com elas para trazer credibilidade, mas sempre com pagamento via pix. Aí depois que ele sai com a mãe ele começa a pedir para que as mães levem as suas filhas para o programa. Ai durante esse processo pode acontecer o estupro, e muitas outras coisas”, explica a delegada.

Ouça a entrevista completa:

A avó materna da criança de 1 ano e 8 meses também é suspeita. Ela daria suporte para que os crimes ocorressem e também seria beneficiada economicamente.

O esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam os próprios filhos, de 0 a 12 anos, para abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes.