Operação apreende quase 60 mil peixes que brilham sob luz ultravioleta

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu quase 60 mil peixes geneticamente modificados em Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.

A ação faz parte da operação “Quimera Ornamentais-Acari”, realizada ao longo de duas semanas de março para coibir o comércio ilegal desses animais.

O município de Muriaé, em Minas Gerais, foi o principal alvo da fiscalização, já que, em 2022, houve registro de peixes transgênicos vivendo livremente nos rios da região. Na cidade, foram apreendidos 2 mil peixes, enquanto em Patrocínio do Muriaé a quantidade chegou a 50,6 mil.

Outras apreensões ocorreram em Belo Horizonte, Ibirité, Contagem, Vieiras, São Francisco do Glória e Caeté.

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Entre as espécies confiscadas estão paulistinha (Danio rerio), tetra-negro (Gymnocorymbus ternetzi) e beta (Betta splendens).

Segundo o Ibama, esses peixes foram geneticamente modificados para emitir fluorescência através da inserção de genes de anêmonas ou águas-vivas, adquirindo cores vibrantes e capacidade de bioluminescência sob luz ultravioleta.

Além dos peixes ornamentais modificados, os agentes também identificaram a venda ilegal de espécies da fauna silvestre sem autorização ambiental, como axolotes (Ambystoma mexicanum) e arraias do gênero Potamotrygon, cuja captura é regulada pela Instrução Normativa nº 204/2008.

A operação resultou na emissão de 36 autos de infração e na aplicação de R$ 2,38 milhões em multas.