Brasil
Mato Grosso deve produzir 5,3 bilhões de etanol na safra de 2023 e 2024
Estado já é o terceiro maior produtor de etanol do paísO Estado do Mato Grosso está consagrado como um dos grandes fornecedores do etanol brasileiro, ocupando o ranking de terceiro maior fabricante do país e com previsões cada vez mais elevadas quanto à produtividade. A estimativa é de que na safra 2023/2024 sejam gerados 5,3 bilhões de combustível, o que representa o aumento de mais de um bilhão em relação ao produzido na safra 2022/2023.
Atualmente, cerca de 75% da produção de etanol do estado é do milho. Na safra 2022/2023 foram registrados 3.2 bilhões, sendo que a previsão é de que este número alcance o patamar de 4.2 bilhões na safra 2023/2024. Quanto ao etanol de cana, foram 1.075 bilhão de litros produzidos na safra 2022/2023 e, para a safra 2023/2024, são esperados 1.1 bilhão.
Esse cenário de crescimento constante trouxe uma mudança significativa no perfil econômico da cadeia produtiva local. Ao passo em que a demanda nacional puxou a elevação da produtividade, as indústrias apostam no desenvolvimento do processo industrial, o que, consequentemente, trouxe maior valor agregado à matéria-prima, mudando toda a cadeia produtiva.
“Isso causou um impacto em círculo vicioso no setor, hoje não somos mais apenas uma indústria que apenas trabalha com álcool, passamos a diversificar a nossa matéria-prima e inovamos”, afirma o presidente das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind-MT), Sílvio Rangel. Agora, além do etanol, constam entre os principais produtos gerados o DDG, energia elétrica, biogás, levedura, entre outros.
A produção local foi comercializada com 17 estados brasileiros somente no ano de 2022, entre eles, São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e Paraná. Além de tudo, o setor mato-grossense conseguiu diversificar, além de coogerar energia e biofertilizantes, o que estimula, consequentemente, o crescimento de outras cadeias industriais e agrícolas.
A diretora-executiva da Bioind-MT, Lhais Sparvolli, afirma que essa transformação na matriz industrial foi o que possibilitou a concretização desses excelentes resultados para o estado. “Com esse perfil mais arrojado, a nossa indústria está agregando mais e isso traz um impacto grande para toda a nossa sociedade. Com uma maior e mais diversificada produção, temos geração de empregos, renda e melhor arrecadação”.
Além do etanol, a indústria registrou um número considerável na produção de Ddg (sigla em inglês para grão seco de destilaria). Em relação ao insumo, que é originado a partir de milho, foi 1.6 milhão de toneladas nesta safra 2022/2023 e para a próxima safra 2023/2024 a estimativa é de que esse valor chegue a 1.8 milhão.
Quanto à moagem de milho para a produção de etanol, a previsão é de que nesta safra seja registrado o patamar de 7.29 milhões de toneladas, enquanto para a safra 2023/2024 a devem ser moídos um total de 9.35 milhões de toneladas. Já em relação à cana, foram 15.9 milhões de toneladas moídas 2022/2023 e para 2023/2024 esse número deve chegar a 16.6 milhões.