Brasil
Lula critica Bolsonaro por rejeitar passaporte da vacina: ‘Precisa criar responsabilidade’
Ex-presidente chamou de "barbaridade" declarações recentes do atual chefe do Executivo sobre o assuntoO ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quarta-feira (08), o posicionamento do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), de não adotar o passaporte da vacina como critério obrigatório para a entrada de estrangeiros no Brasil. Durante discurso no encerramento do 09º Congresso da Força Sindical, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o petista relembrou que, em viagem recente que fez à Europa, precisou apresentar testes negativos para Covid-19, além do comprovante de vacinação, para entrar nos países.
“Ontem, ele (Jair Bolsonaro) falou uma outra barbaridade. Ele falou contra a Anvisa, que não tem que fazer qualquer exigência para as pessoas transitarem de outro país para cá. Eu acabei de fazer uma viagem para a Alemanha, Espanha, França e Bélgica. Em todos os países eu tive que fazer teste no nariz e na garganta, tinha que apresentar atestado de vacinação. E queria aproveitar e dar um recado pro Bolsonaro. Se ele não gosta dele, do seu filho, se eles não se respeitam, ele precisa criar responsabilidade e permitir que as pessoas sejam obrigadas a apresentar teste de vacinação para proteger a sociedade brasileira Afinal de contas, surgiu um vírus novo, que a gente não sabe a magnitude desse vírus”, defendeu o ex-presidente.
Vale lembrar que, na tarde da última terça-feira (07), durante evento no Palácio do Planalto, o atual presidente da República voltou a criticar a exigência de vacinação contra a Covid-19, chegando a chamar o passaporte sanitário de “coleira”. Antes, no mesmo dia, o mandatário já havia demonstrado descontentamento com a recomendação da Anvisa para a adoção do passaporte da vacina.
Depois dessas declarações de Bolsonaro, o governo federal anunciou no início da noite de terça que irá impor quarentena de cinco dias e teste do tipo RT-PCR a viajantes não vacinados que queiram entrar em solo brasileiro. No entanto, ao fazer o anúncio, as autoridades não explicaram como será feito o processo de isolamento dessas pessoas.