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Brasil

Inadimplência e os juros altos prejudicaram as vendas do comércio no primeiro semestre

“Hoje, grande parte dos lojistas do Rio luta contra sucessivos revezes, enfrentando dificuldades para manter seus negócios”, dispara Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio

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Inadimplência e os juros altos prejudicaram as vendas do comércio no primeiro semestre (Foto: Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil)
Inadimplência e os juros altos prejudicaram as vendas do comércio no primeiro semestre (Foto: Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil)

Os juros altos, que tornam o crédito mais caro e restrito, aliados aos elevados índices de inadimplência e de endividamento das famílias, inibiram o consumo, de certa forma afastaram o consumidor das compras e, seguramente, foram as principais causas do baixo desempenho das vendas do comércio carioca no primeiro semestre deste ano.

É o que mostra a pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, junto a 250 lojistas da cidade, a respeito da percepção dos negócios e do faturamento nos primeiros seis meses de 2023.

Não bastassem os aspectos econômicos, para 60% dos entrevistados a violência influenciou e afastou o cliente das lojas, principalmente as de bairro. Já 35% apontaram o comércio ilegal e a desordem urbana como entraves e 15% disseram que a excessiva carga tributária e a burocracia também prejudicaram vendas.

Segundo o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, para reverter o cenário ainda adverso para o comércio local, o momento exige das entidades representativas da sociedade e do poder público a agregação em torno de um único propósito: a recuperação econômica do Rio de Janeiro.

“Hoje, grande parte dos lojistas do Rio luta contra sucessivos revezes, enfrentando dificuldades para manter seus negócios. Assim, para superar adversidades, o apoio do poder público é fundamental, considerando problemas antigos e recorrentes. Tanto para coibir a violência e a desordem que afastam os consumidores dos estabelecimentos comerciais, como para criar ambiente favorável aos negócios, reduzindo custos. Nesse sentido, um viés poderia ser a redução da carga tributária e a oferta de incentivos que dessem fôlego financeiro às empresas, estimulando novos investimentos e facilidades para ações empreendedoras. Essas condições poderiam ser interessantes para a recuperação do comércio fluminense, diante da conjuntura de consumo meio morna”, destaca Aldo Gonçalves.

Expectativa para o segundo semestre

Em relação às expectativas para a segunda metade deste ano, o presidente do CDLRio e do SindilojasRio afirmou que os lojistas apostam em resultados melhores, ainda que possam vir a ser moderados. Mas não serão fáceis, na medida que dependem de outros fatores, como a queda da inflação e dos juros; da inadimplência e das dívidas das famílias; bem como do maior combate à violência e à desordem urbana; juntamente com a desejada diminuição de impostos e de custos operacionais.