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Brasil

IBGE: 1% mais rico ganha 35 vezes mais renda do que os 50% mais pobres

Renda mensal dos que fazem parte do 1% mais rico da população é, em média, R$15.816. Já o rendimento mensal dos 50% mais pobres é de R$ 453

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morador de rua ao lado de uma barra de papelão
(Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
morador de rua ao lado de uma barra de papelão

(Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Apesar de o índice de Gini, usado para medir a desigualdade social, ter caído em 2020, a parcela da população que faz parte do 1% com rendimentos mensais mais elevados recebe, em média, 34,9 vezes mais do que a metade da população com os menores rendimentos. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (19/11), fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, a renda mensal dos que fazem parte do 1% mais rico da população é, em média, R$ 15.816. Já o rendimento mensal dos 50% mais pobres é de R$ 453, ou seja, cerca de 35 vezes menor do que o dos mais ricos. Em 2019, a diferença entre as rendas era de 40 vezes, maior valor da série.

A redução da concentração se deve, principalmente, à distribuição do auxílio emergencial durante a pandemia da covid-19. “Entre 2019 e 2020, a desigualdade medida pelo Gini se reduziu em todas as regiões, sobretudo no Norte e no Nordeste, regiões com maior proporção de domicílios recebendo auxílio emergencial”, indicou o IBGE.

De 2019 para 2020, o índice passou de 0,544 para 0,524. Essa foi a maior queda da série histórica do indicador.

O índice de Gini, adotado como critério internacional para avaliar o grau de desenvolvimento de um país, mede a concentração de renda e o nível de desigualdade. Quanto mais próximo de zero é o índice, menos desigual é o país.

“Houve uma piora do mercado de trabalho. Muita gente perdeu ocupação, mas o auxílio emergencial segurou quem tinha rendas domiciliares menores. Isso tornou a distribuição de renda do país menos desigual”, destacou Alessandra Scalioni, analista da pesquisa.