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Fui diagnosticada com câncer de mama. E agora?

Entenda o papel da medicina nuclear no acompanhamento da doença e a finalidade dos exames normalmente pedidos

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Fui diagnosticada com câncer de mama. E agora? (Foto: Divulgação)

Outubro Rosa é o mês destinado à campanha de conscientização do câncer de mama, um dos mais comuns nas mulheres brasileiras. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama corresponde a 25% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas ao ano no país.

Dado o laudo positivo para o câncer de mama, alguns exames podem ser solicitados pelo especialista, com a finalidade de rastrear e controlar a doença. A médica especialista em Medicina Nuclear da Clínica Villela Pedras, Roberta Hespanhol, esclarece todas as dúvidas sobre o assunto!

Como a Medicina Nuclear auxilia no acompanhamento das pacientes?

Não apenas para o acompanhamento de resposta a tratamentos empregados na prática clínica, como quimioterapia, e suspeitas de recidiva do câncer, mas a Medicina Nuclear também está de prontidão para ajudar no estadiamento, principalmente nos casos mais avançados do câncer de mama. Hoje, já é bem estabelecido e inclusive está dentro do rol da ANS, sendo assegurado pelos planos de saúde, os estudos de PET-CT (FDG-F18), com cobertura obrigatória nos casos de câncer de mama metastático.

Na Medicina Nuclear convencional, há os estudos cintilográficos, que são utilizados no estadiamento e acompanhamento das pacientes com câncer de mama há mais de três décadas, sendo importantes para ajudar no manejo terapêutico. A avaliação de metástases ósseas, pela cintilografia óssea e o acompanhamento da cardiotoxicidade de alguns quimioterápicos através da ventriculografia radioisotópica são exames usuais dos serviços de Medicina Nuclear.

A Medicina Nuclear também tem participação nos atos operatórios, na marcação de lesões não palpáveis (ROLL) e pesquisa do linfonodo axilar de drenagem do tumor (linfonodo sentinela), auxiliando na sala de cirurgia com a utilização do equipamento portátil de detecção, o Gamma-probe.

Quais são os exames normalmente indicados quando a doença é confirmada e como estes exames auxiliam os médicos no mapeamento da doença?

Dentro da Medicina Nuclear, atualmente existe a cintilografia óssea, e o PET-CT, que para tumores avançados, tornou-se uma ferramenta diagnóstica de extrema importância no cenário do estadiamento, pois além de avaliar o corpo inteiro, antes também feito pela cintilografia óssea, consegue analisar outros órgãos, como pulmão, fígado, entre outros, e mostrar a abrangência da doença, conseguindo ajudar o médico assistente a indicar o melhor tratamento a ser realizado para cada paciente.

Qual a finalidade destes exames?

Os exames da Medicina Nuclear são utilizados para o estadiamento, pois sendo um exame complementar, vai auxiliar na avaliação da extensão locorregional do câncer e da presença ou não de metástases em órgãos distantes do sítio primário, neste caso a mama. Ajuda também no acompanhamento, tanto para avaliar a resposta ao tratamento que está sendo realizado e se o mesmo está sendo ou não eficaz, como para avaliação de recaída da doença.

Qual é a maior evolução da medicina nuclear em prol do câncer de mama?

Atualmente, o PET-CT tem sido o exame com maior performance nos casos de câncer de mama avançado, e hoje temos disponível não apenas o PET-CT com o radiotraçador FDG-F18. Mais recentemente, nos últimos cinco anos, foi desenvolvido o PET-CT com FES, que é o flúor-estradiol, análogo ao hormônio feminino estradiol. Esse traçador é injetado para rastrear lesões que expressam receptores de estrógenos, sendo já comercializado no Brasil. A busca da Medicina Nuclear em proporcionar o melhor diagnóstico tem sido de fato constante e nós da Medicina Nuclear Villela Pedras temos orgulho de fazer parte disso.

Segundo Instituto Nacional de Câncer um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início, inclusive o de mama. Com base neste dado, qual o seu conselho para as mulheres neste outubro rosa?

Não deixe de fazer os exames de rotina anualmente, e não esqueça da autopalpação! Fiquem atentos a qualquer alteração suspeita nas mamas, pois quem melhor conhece seu corpo é você mesma.

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