Brasil
Fase de verão da OPERANTAR XLIII é concluída após meio ano de atividades
O trabalho foi realizado com o uso de botes e helicópteros, ampliando o alcance da pesquisa brasileira na região australO Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel” e o Navio Polar (NPo) “Almirante Maximiano” retornaram ao Brasil após cerca de seis meses em comissão na Antártica. A chegada dos navios à Base Naval da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro (RJ), marcou o fim da fase de verão da 43ª Operação Antártica (OPERANTAR XLIII), iniciada em outubro de 2024.
Por meio da atuação da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), foi possível ir a campo 24 projetos de pesquisa aprovados em edital, contando com participação de 165 pesquisadores. Nesse contexto, os navios garantiram o suporte logístico essencial à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), a fim de que as atividades fossem conduzidas de maneira efetiva e eficiente.
No total, foram transportados 400 mil litros de óleo diesel antártico, 10 toneladas de suprimentos e diversas peças de reposição, assegurando o pleno funcionamento da estação, o total apoio às pesquisas e o conforto e a segurança dos cientistas e militares que lá atuam.
A OPERANTAR é parte integrante do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e realiza atividades tanto de caráter científico quanto logístico. Assim, um dos marcos da OPERANTAR XLIII foi a continuidade do desmonte do antigo heliponto da EACF, conduzido por militares da MB. O processo envolveu o uso de cortadores a plasma para remover as construções metálicas, trazidas de volta ao Brasil. Ao retirar os equipamentos e as estruturas que não são mais utilizados pelo PROANTAR, o País reafirma seu compromisso com a preservação do meio ambiente no continente gelado.
Também durante esta edição da operação, o “Ary Rongel” e o “Almirante Maximiano” serviram como base para a instalação e retirada de quatro acampamentos científicos em diferentes pontos da Antártica. Esses acampamentos são fundamentais para projetos que exigem coleta de dados fora da estação, especialmente em locais de difícil acesso.
O trabalho foi realizado com o uso de botes e helicópteros, ampliando o alcance da pesquisa brasileira na região austral. Os navios empreenderam, ainda, levantamentos hidrográficos com o objetivo de coletar os dados necessários para a atualização das cartas náuticas, essenciais para o tráfego seguro, principalmente em áreas de gelo e pouca visibilidade.
Fonte: Agência Marinha