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Falta de manutenção na aeronave causou acidente aéreo que matou Boechat

Um dos componentes do motor do helicóptero estava sem manutenção há mais de 30 anos

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(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

Um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos revelou que a falta de manutenção do helicóptero foi um fator determinante para o acidente que provocou a morte do jornalista, Ricardo Boechat da TV Bandeirantes e da Rádio BandNews FM.

A conclusão da investigação do caso foi divulgada nesta quinta-feira (29), pelo Cenipa, órgão que pertence à estrutura da Força Aérea Brasileira. O documento destaca que parte da documentação que atestaria a segurança do helicóptero estava faltando ou desatualizada.

Segundo a investigação, um dos documentos localizados indicava que a última revisão feita no módulo do compressor, um dos componentes do motor da aeronave, havia sido feita em 1º de julho de 1988, ou seja há mais de 30 anos.

A investigação revelou ainda que além da falha no motor, outro aspecto que colaborou para a queda do helicóptero foi o descuido com a troca de óleo necessário para lubrificação adequada de engrenagens. A aeronave era um monomotor com capacidade máxima de quatro passageiros, mais a tripulação.

De acordo com o Cenipa, a atitude do piloto, Ronaldo Quatrucci, também contribuiu para o desfecho. Segundo o Cenipa, Quatrucci não tinha a devida qualificação para realizar o serviço de táxi aéreo. O acidente aconteceu em 11 de fevereiro de 2019, quando Boechat partia do resort Royal Palm Plaza, em Campinas (SP), onde havia participado de um evento, rumo a São Paulo.

Ricardo Boechat tinha 66 anos e deixou companheira, cinco filhas e um filho. Era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e mantinha uma coluna semanal na revista IstoÉ.