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Falso corretor enganava juízes vendendo imóveis ocupados

Segundo a investigação da Polícia Civil, Victor Rodrigues exigia pagamento adiantado e enganou 23 pessoas

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Victor Rodrigues é apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal como falso corretor de imóveis que aplicou golpes em pelo menos 23 pessoas
Victor Rodrigues é apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal como falso corretor de imóveis que aplicou golpes em pelo menos 23 pessoas. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um falso corretor de imóveis e um comparsa são investigados pela Polícia Civil (PCDF) por aplicar golpes em quase 20 moradores do DF. Entre as vítimas está um grupo de juízes recém-empossados do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Victor Rodrigues de Menezes se passava por vendedor de imóveis de alto padrão na capital e chegou a lucrar mais de R$ 135 mil.

Na manhã desta quinta-feira (5), policiais civis da 5ª Delegacia de Polícia (área central) cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, incluindo uma empresa imobiliária. A polícia solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 266 mil das contas bancárias dos acusados para garantir o ressarcimento das vítimas.

Victor agia de forma semelhante em todos os casos, utilizando técnicas sofisticadas para despistar a polícia. Segundo as investigações, o acusado abordava as vítimas oferecendo imóveis de alto padrão no Condomínio Brisas do Lago, situado no Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 4. Os contratos eram atrativos e com valor abaixo do mercados. Os imóveis variavam entre R$ 4,7 mil e R$ 5,5 mil. De acordo com a PCDF, para dar uma aparência de legitimidade, Victor assinava os contratos de forma eletrônica e encaminhava os documentos aos compradores.

Com o contrato assinado, Victor exigia o pagamento antecipado via PIX. Após o valor ser pago, ele ainda mantinha conversas com as vítimas, dando detalhes dos imóveis e a data de entrada no apartamento. O delegado à frente do caso, Rafael Catunda, explica que a farsa só era descoberta depois que os futuros inquilinos marcavam uma para conhecer o imóvel e, ao chegar no local, se deparavam com outros moradores. Em alguns casos, as vítimas buscavam informações no condomínio que os imóveis nunca foram administrados por Victor.

Fuga

Após descobrirem o golpe, as vítimas tentavam entrar em contato com o acusado, mas eram ignoradas ou bloqueadas das redes sociais. A estratégia consistia ainda em sumir dos aplicativos e até trocar informações bancárias.

De agosto de 2023 até o momento, a polícia tomou conhecimento sobre 23 ocorrências registradas contra Victor. O grupo de juízes também lesados pelo golpe tentavam alugar imóveis em Brasília para o Curso de Formação Inicial da Magistratura do Trabalho. Eventuais vítimas dos suspeitos que ainda não registraram ocorrência podem entrar em contato com a Polícia Civil para fazer a denúncia.

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