Brasil
Fachin autoriza PF a investigar dados que podem atingir Dias Toffoli
Edson Fachin acatou a tese de que a delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, poderia ser utilizada para outras investigações
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(Foto: Nelson JR. / SCO / STF)
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a Polícia Federal a utilizar os dados de duas operações da Lava Jato do Rio de Janeiro na apuração de supostas vendas de decisões judiciais por parte de Dias Toffoli. A PF alega que precisa apurar o inquérito contra o ministro Toffoli e que necessita destas informações para embasar o relatório.
A decisão do juiz Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, foi de não autorizar as buscas por provas por envolver pessoas com foro. Augusto Aras, procurador-geral da República, manifestou-se de maneira contrária, pois a Polícia Federal não indicou quais seriam as pessoas investigadas. Edson Fachin acatou a tese de que a delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, poderia ser utilizada para outras investigações.
O relatório produzido pela PF, para solicitar a coleta das informações contra Toffoli, corrobora a acusação do ex-governador do Rio de que o ministro da Suprema Corte teria recebido R$ 3 milhões para conceder uma decisão judicial favorável a Antônio Francisco Neto (MDB), então prefeito de Volta Redonda.
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