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Ex-Ken Humano troca plásticas por vida simples como frentista

Felipe Adam ainda se dedica à moda e à maquiagem e construiu uma rede de apoio no trabalho

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EX-Ken humano
Antes e depois de Felipe Adam, o ex-Ken Humano. Foto: Reprodução / Redes sociais

Por Maria Dulce Miranda

Aos 20 anos, Felipe Máximo, conhecido nas redes sociais como Felipe Adam, já teve várias profissões, antes de se tornar frentista em um posto de combustíveis em Diadema (SP). Ele ganhou notoriedade em 2018, quando anunciou que ia se tornar o Ken Humano, uma versão em carne e osso do namorado da boneca Barbie. No entanto, ele abriu mão do sonho por necessidade.

Morador de Peruíbe, no litoral de São Paulo, Felipe planejava passar por 42 cirurgias plásticas para ficar parecido com o Ken. Mas ele nunca chegou a fazê-las: sua transformação era feita totalmente com maquiagem. Em reportagem do G1, Felipe contou que acordava de madrugada para se tornar o Ken Humano, levando quatro horas para se arrumar para a escola ou passear na rua.


Em 2022, ele passou a trabalhar como auxiliar de pedreiro com o tio e o padrasto. Felipe, na época, disse que gostava de trabalhar na construção civil, mas a experiência durou só dois meses: ele foi dispensado após revelar que é bissexual. “Trabalhava com eles, mas, após eu falar abertamente sobre minha orientação sexual e, principalmente por eu não me dar bem com o sócio de trabalho dele [do tio], que é o marido da minha mãe, os dois decidiram me mandar embora”, contou ao G1 na ocasião.

Reconstrução

Em 2024, o jovem de 20 anos se mudou para Diadema, onde trabalhou como auxiliar de cozinha e, agora, é frentista. Mas não foi um caminho fácil. Ele chegou a dormir em uma praça por não ter onde morar. Foi então que surgiu uma nova oportunidade. As roupas extravagantes e o cabelo loiro saíram de cena, e, hoje, ele tem cabelo preto, usa cavanhaque e uniforme de trabalho.
Mas isso não significa que ele deixou a maquiagem de lado. Em seu perfil nas redes sociais, Felipe mostra suas ‘montações’ artísticas e makes casuais, além de explorar a moda.

Quando começou no posto de gasolina, Felipe não contou para os colegas seu passado como Ken Humano, por temer sofrer preconceito mais uma vez. Mas, agora, ele teve uma experiência diferente: seus colegas de trabalho não mudaram a forma de tratamento após a revelação.

“Como eles conheceram primeiro o Felipe para somente depois descobrirem o que eu vivi no passado, o tratamento continuou da mesma forma. O carinho aumentou e, desta vez, não teve diferença”, contou em entrevista ao G1.

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